Os advogados da Coordenação de Direitos Humanos do Paraguay (Codehupy) solicitaram nesta semana a imediata libertação do trabalhador rural Rubén Villalba por uma causa relativa à “invasão de terras” na colônia Pindó.
Passados seis anos, Rubén é um dos camponeses recém absolvidos pelo “confronto” ocorrido em Curuguaty, em junho de 2012, pelo qual havia sido condenado a 35 anos de prisão.
Pela causa de colônia Pindó, que data de 2008, Rubén foi condenado a sete anos de prisão em 12 de fevereiro de 2015. O Tribunal de Sentenças que impôs a decisão arbitrária foi conformado pelo mesmo juiz Ramón Trinidad Zelaya, conhecido por vender sentenças a latifundiários.
Conforme os advogados de Codehupy, “no Paraguai não existem penas acumuláveis” e se a pessoa se encontra condenada por duas causas, as penas são cumpridas de forma simultânea. Sendo assim, os seis anos de prisão de Rubén já serviram para cobrir integralmente a sentença do caso Pindó, destacam os advogados. Sendo assim, a manutenção do camponês na Penitenciária de Tacumbú somente revela que o Estado paraguaio “utiliza o sistema penal de maneira repressiva e sistemática” contra os que lutam pela terra.