O Secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, e a tresloucada embaixadora desse país na ONU, Nikki Haley, entusiastas de mais uma guerra contra da Coreia, têm aconselhado Donald Trump a executar mais sanções contra a RPDC, dessa vez se empenham pelo bloqueio marítimo com a captura de embarcações norte-coreanas em águas marítimas internacionais, o que o governo do país asiático considera uma declaração de guerra.
Trump e seus conselheiros insistem em que a RPDC é uma “ameaça mundial” e já procuram os países que fizeram parte da invasão norte-americana à Coreia (1950-1953) sob a proteção da ONU para alertá-los de que devem ser “alvos” preferenciais de um suposto ataque norte-coreano. Assim, espalhando o medo e a cizânia com mentiras e pressões para com seus próprios aliados, os EUA vão armando o cenário para a aprovação mundial de mais uma das muitas guerras movidas por eles cujo objetivo é o extermínio do país socialista que jamais se curvou à ditadura norte-americana.
Há poucos dias o USA Today noticiou que os EUA convocarão uma reunião com os 16 países que fizeram parte da Guerra da Coreia para definirem “medidas comuns contra a ameaça da Coreia do Norte” e que “todos devem lutar contra a RPDC”.
Nesta segunda-feira (11) os EUA, a Coreia do Sul e o Japão iniciaram mais uma manobra militar conjunta na fronteira com a RPDC, um exercício para treinar a “interceptação de mísseis vindos da Coreia do Norte”, segundo noticiou a imprensa dos três países envolvidos.
A RPDC já declarou oficial e publicamente que seu arsenal nuclear não é para atacar ninguém que não a ataque, que suas armas foram produzidas para a defesa, como um poder de dissuasão da guerra, para a “autodefesa” contra e por causa das ameaças nucleares dos EUA.
A RPDC também declarou que “o bloqueio marítimo dos EUA constitui flagrante violação da soberania e dignidade do Estado soberano.” E que a insistência em que a Coreia é a “ameaça mundial” proclamada por Trump é um sofisma que não pode enganar a ninguém e visa apenas aumentar o espaço para os EUA imporem sanções para estrangular a RPDC” e obrigar seus aliados a seguirem à risca a cartilha norte-americana contra a RPDC “expressão excessiva da estratégia demencial de Trump.”
Por outro lado, a situação atual da Península Coreana é uma clara demonstração ao mundo de quem é o responsável pelo agravamento das tensões e o perturbador da paz e da estabilidade mundial. O translado de enormes forças estratégicas nucleares dos EUA para a Península coreana e seus contornos, a modernização de suas armas nucleares, o aumento da produção e da venda de armas convencionais pelos EUA, especialmente para a Coreia do Sul e o Japão, mas não só para esses países, comprovam que a “ameaça da Coreia do Norte” não passa de um pretexto para agredir a RPDC e impor ao mundo a ambição hegemonista dos EUA, mas tal política pode levar esse país ao isolamento.
Em Hong Kong, o jornal Ta Kung Pao assinalou que “não cabe dúvida de que a causa principal do agravamento da situação na Península Coreana é a errônea política de hostilidade norte-americana contra a RPDC. O fato da RPDC ter hoje o seu dissuasivo nuclear se deve aos EUA que caíram na própria armadilha”, diz o jornal em artigo publicado pela KCNA.
Jornais da Alemanha e da Inglaterra entre outros países europeus sublinharam que quase nenhum país tem aceitado as exigências Trump de que rompam com as relações diplomáticas, econômicas e comerciais com a RPDC assumindo uma política intransigente em relação ao país socialista.
Em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11) em Viena, Áustria, o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, em visita ao país para uma reunião com Ministros das Relações Exteriores da China e da Índia, afirmou que “A situação na Península Coreana corre o risco de passar para uma fase quente”, advertiu o ministro russo.
ROSANITA CAMPOS