No próximo dia 24 de dezembro de 2017 a heroína coreana antijaponesa Kim Jong Suk completaria 100 anos de nascimento.
Nascida em 1917, a guerrilheira foi companheira de Kim Il Sung com quem colaborou em trabalhos importantes durante a guerrilha para expulsar os japoneses que ocupavam a Coreia, e depois, durante os primeiros anos da libertação da pátria, na construção do socialismo e do Estado coreano independente, até seus últimos dias de vida.
Kim Jong Suk, um orgulho para o povo, mas especialmente para as mulheres coreanas era exímia atiradora, foi a primeira mulher paraquedista, foi chefe da segurança de Kim ll Sung, enfermeira e costureira do Exército Popular de Libertação da Coreia, declamava poesias como ninguém e cantava muito bem. Mãe de Kim Jong Il e avó de Kim Jong Un, Kim Jong Suk é considerada pelo povo coreano como a mãe da nação e heroína maior da luta antijaponesa.
Celebremos o centenário do nascimento de Kim Jong Suk com as palavras de seu filho, Kim Jong Il em 2009 ao visitar o museu em homenagem a sua mãe na cidade onde ela nasceu:
“A cidade de Hoeryong é um lugar sagrado da revolução onde a mãe Kim Jong Suk, heroína antijaponesa, nasceu e passou a infância. Ver a estátua de minha mãe na cidade de Hoeryong me provoca muita saudade. Hoje quero ver a estátua, a casa natal e o Museu de História Revolucionária da Mãe Kim Jong Suk fundado no dia 25 de agosto em 1982. Ela se foi desse mundo muito cedo, teve uma vida curta, mas muito valiosa. Ela não foi apenas uma mãe de família, mas uma verdadeira soldada, companheira mais íntima de Kim Il Sung, filha da pátria e do povo. Ainda criança se dedicou à revolução, ao líder, à pátria e ao povo … minha mãe, protagonista de façanhas imortais para a Coreia e os coreanos, para a época e a história, vive eternamente na memória e na alma do nosso povo.
“Muito atenta à construção do Exército e à aplicação da linha do líder Kim Il Sung, Kim Jong Suk deu tudo de si para materiazá-la. São verdadeiramente grandes seus méritos na construção do Exércíto Popular da Coreia.
“Passaram-se muitos anos e novas gerações sucedem as velhas, porém nossa causa revolucionária que começou no Monte Bektu não terminou. Agora lutamos para construir um Estado socialista poderoso e próspero levantando a bandeira de Songun em meio a um encarniçado confronto com o imperialismo. Ainda que a situação se torne mais complexa e sejam muitas as tarefas que enfrentamos no processo revolucionário, a educação nas tradições revolucionárias continua sendo fundamental. Compete às organizações do partido, aos trabalhadores de todos os níveis intensificar como nunca antes a educação de seus membros jovens e crianças. Confio no juramento que fizeram os companheiros do Museu de que serão fiéis ao líder como o foi a mãe Kim Jong Suk” disse emocionado o filho de Kim Jong Suk.
Também são demonstrações de afeto do povo coreano à sua grande heroína a Casa Infantil Kim Jong Suk em Pyongyang inaugurada em fevereiro de 1948 em Morambong construída por exigência e empenho da própria Kim Jong Suk e que ocupa 7.800 metros quadrados.
A casa é uma creche especial, possui as condições para acolher, criar, manter internadas e educar as crianças, e utiliza métodos científicos para gerir os sistemas de alimentação e acompanhamento do desenvolvimento físico, crescimento, cuidados com a saúde e higiene além da formação escolar e intelectual. Conta com dormitórios na direção do sol, área de jogos e de recreação com piscinas, restaurantes e um hospital pediátrico, tudo por conta do Estado e gratuito para o povo. Essa grande creche atende crianças de dois anos e meio a quatro anos (quando elas devem ir para as Escolas e Jardins de Infância) em geral filhas de professores, jornalistas, artistas e médicas. As mães deixam as crianças na segunda-feira e as buscam às sextas-feiras. Quando as mães viajam a trabalho, as crianças ficam na creche pelo tempo que durar a viagem da mãe.
Também em 1948, para apoiar a industrialização do país, Kim Jong Suk sugeriu a criação da Primeira Indústria têxtil da Coreia. A partir de 2011 a empresa passou a chamar-se “Fábrica Textil Kim Jong Suk de Pyongyang”. Inaugurada em outubro de 1948 e localizada em Songyio e contando com 700 mil metros quadrados de área o empreendimento resolveu muitos problemas científicos e técnicos no processo de produção e renovou os processos de fiação e tecelagem da seda.
Construída em 1951 como um importante centro educacional para formar e educar os filhos dos mártires patrióticos revolucionários, a Escola Secundária Nº 1, em outubro de 1987 em homenagem à jovem guerrilheira passou a ter seu nome: a Escola Secundária Nº 1 Kim Jong Suk fica ao pé do monte Songnam no bairro de Yangji na cidade de Pyongsong na Província de Pyong-an do Sul e ocupa mais de 18 mil metros quadrados com biblioteca, ginásio de esportes, piscinas, laboratórios, salas de espécies animais e vegetais e outras facilidades para atender bem e complementar a docência.
Assim o povo coreano lembra de Kim Jong Suk, sua heroína, pensando nas gerações futuras, formando-as nos princípios revolucionários de quem considera o socialismo como seu passado, seu presente e seu futuro.
À Kim Jong Suk nossa homenagem no ano de seu centenário.