Durante as comemorações, dirigentes da República Popular Democrática da Coreia põem foco na paz e no desenvolvimento econômico
A República Popular Democrática da Coreia está em festa desde 0 hora desta quinta-feira, 27 de julho, em razão dos festejos alusivos aos 70 anos do país, cujo início se deu após três anos de resistência e enfrentamento às poderosas forças militares do império norte-americano. Foi a primeira derrota dos imperialistas após a 2ª Grande Guerra.
Os norte-coreanos têm motivos de sobra para comemorar, pois, liderados pelo marechal Kim Il Sung, a pequena, mas grandiosa, Coreia Socialista fez os invasores norte-americanos e seus capachos locais beijarem a lona.
O armistício, que representa a suspensão – e não o fim – do conflito, foi assinado, rigorosamente, no dia 27 de julho de 1953, quando a península coreana, embora de um único povo, foi dividida em dois países, o Norte, socialista, e o Sul, capitalista e ocupado, desde àquela época, por tropas e armamentos dos EUA.
Embora alguns tentem falsificar a história, negando a rendição do império norte-americano, o fato é que a vitória é comemorada apenas na Coreia Popular, sempre com grandes festejos e eventos.
O ponto alto das comemorações aconteceu na praça central de Pyongang, a capital norte-coreana, com a presença de dezenas de milhares de populares e outros tantos milhares de militares que desfilaram por horas. Dessa vez, os tradicionais mísseis de longo alcance não foram apresentados e o foco da atividade foi na defesa da paz e do desenvolvimento econômico soberano do país.
As atividades comemorativas começaram com uma apresentação artística, na qual compareceram o líder Kim Jong Un, acompanhado do ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, em visita congratulatória à Coreia por ocasião do 70º aniversário da vitória na grande Guerra de Libertação da Pátria, que trouxe pessoalmente uma mensagem do presidente russo Vladimir Putin, e de Li Hongzhong, membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, chefe da delegação do Partido Comunista da China, que também entregou carta pessoal enviada pelo presidente Xi Jinping,
Na ocasião, foi ressaltada a gratidão eterna que o povo coreano tem pelos combatentes do Corpo de Voluntários do Povo Chinês para a vitória na guerra, bem como a amizade e a unidade entre os povos chinês e coreano na defesa da sociedade socialista, criadas e consolidadas na solidariedade mútua e na luta conjunta pela independência anti-imperialista.
Foram apresentadas, também, canções chinesas e russas em série, preparadas especialmente em honra das deleções dos dois países, fato inédito depois da pandemia, quando a Coreia Popular teve que adotar medidas rigorosas para evitar surtos que pudessem ameaçar a vida e a saúde de seu povo.
O evento terminou com o epílogo “O povo glorifica o Partido” e “27 de julho, dia da vitória”.
ENCONTRO ENTRE O LÍDER E O MINISTRO DA DEFESA RUSSO
O líder Kim Jong Un, antes dos festejos, reuniu-se com a delegação russa liderada pelo ministro Sergei Shoigu, quando lhe foi apresentada uma mensagem do presidente Vladimir Putin com os agradecimentos pelo apoio decidido que a Coreia Socialista expressou aos russos no conflito na Ucrânia, desde o início da guerra.
O encontro serviu, também, para recordar a longa história de amizade entre a Coreia e a Rússia, ainda nos tempos da União Soviética, bem como avaliar os interesses comuns no setor da defesa nacional e segurança regional e internacional, atingindo-se um grande consenso.