Hoje, 16 de fevereiro, os norte-coreanos rendem homenagens ao líder Kim Jong Il
O mês de fevereiro é sempre marcado por grandes e massivos festejos na República Popular Democrática da Coreia.
Este ano não foi diferente.
Dezenas de milhares de norte-coreanos munidos com a bandeira de sua Pátria compareceram à Praça Kim Il Sung, no último dia 8 de fevereiro, para comemorar os 75 anos da fundação do Exército Popular da Coreia.
Veja o vídeo:
Hoje, 16, outra comemoração: o país presta homenagem aos 81 anos do nascimento do líder Kim Jong Il, cuja trajetória é exaltada pelo seu papel não apenas na sustentação da soberania do país e seu desenvolvimento, mas, especialmente, na construção, fortalecimento e coesão do Partido do Trabalho da Coreia, instrumento de vanguarda na defesa da revolução e do sistema socialista.
O desfile militar do dia 8 foi uma grande festa marcada pelo brilho das apresentações militares e a alegria popular, apesar dos rigores que o governo da Coreia Popular continua adotando para evitar o surgimento de um novo surto de coronavírus no país.
A primeira atingiu quase toda população, mas a saúde pública foi rápida na resposta e muitos poucos norte-coreanos morreram. Há, agora, uma forte preocupação com uma possível segunda onda, mesmo depois da imunização com a aplicação de duas doses da vacina trazida da China, pois um eventual novo vírus pode ser mais agressivo e letal.
Sob o olhar atento do líder Kim Jong Un, acompanhado de sua esposa e filha, os militares apresentaram antigos e novos equipamentos bélicos, especialmente os mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) e novos tanques lançadores.
As informações oficiais – e mesmo aquelas emanadas de outras fontes estrangeiras – dão conta de que a Coreia Socialista atingiu o ápice em desenvolvimento de armas de longo alcance, inclusive nucleares, capazes de atingir quase qualquer ponto do planeta.
Mas, o leitor, pode tranquilizar-se. Desde Kim Il Sung, pai da República coreana, líder da luta anti-japonesa e da guerra contra o império norte-americano, o desenvolvimento armamentista da Coreia do Norte tem, essencialmente, um fundamento defensivo, ou seja, de garantia de que o país não será molestado pelos intrusos de sempre, como ocorreu na invasão japonesa até o final da 2ª Grande Guerra e, depois, no conflito com os Estados Unidos, nos primeiros anos dos anos 50 do século passado.
Se queres a paz, prepare-se para a guerra! Talvez, nenhum outro país siga tão à risca o velho ditado.
O fato é que a paz, desde o armistício de 53, vigora na península coreana, em que pese a persistência crônica da guerra fria e o fato de que, pasmem, até hoje, 70 anos depois, ainda não houve a declaração formal do fim da contenda que obrigou os norte-americanos a aceitarem aquela trégua. É isso mesmo: já se vão 70 anos do armistício e parece não haver mais ninguém vivo que tenha presenciado aquele momento histórico.
Nada nesse período impediu o desenvolvimento da indústria de defesa da Coreia Socialista, uma das mais avançadas do mundo, colocando aquele pequeno país asiático no seleto grupo de nações que detém a bomba nuclear, a mesma que o império estadunidense usou covardemente em Hiroshima e Nagasaki em 1945 para levar à capitulação do Japão, só que muito mais moderna.
Absolutamente nada. Nem mesmo as centenas de condenações formais da ONU, capitaneadas pelos EUA e seus lacaios de ocasião. Nem mesmo as incontáveis sanções econômicas e comerciais, muito menos a intensificação dos exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Coreia do Sul, ou, ainda, as cada vez mais numerosas tropas e armamentos sofisticados dos Estados Unidos em território sul-coreano ao longo das últimas sete décadas e a mudança e o rescrudescimento da política de segurança nacional dos japoneses, aceita com limites pelos EUA por conta do passivo histórico entre os dois países.
A Coreia Socialista continua seu desenvolvimento, em que pese todas as dificuldades econômicas que compreensivelmente atingem sua população, sob a égide da concepção Juche, a filosofia pela qual a independência do país e a soberania popular são elementos vitais na construção de uma sociedade fraterna e justa que perseguem com disciplina invejável.
Miram o exemplo dado pelo próprio império que, sob o manto de uma histriônica e falaciosa defesa da “liberdade”, invadiu nações indefesas, assassinou seus líderes, implantou o caos político, econômico e social, e expropriou suas riquezas e os frutos do trabalho de seus povos.
Iraque, Líbia, Afeganistão – para ficar apenas nesses exemplos, tiveram a sua civilização substituída pela barbárie, imposta de fora para dentro pelo país que se considera “o mais democrático do mundo”, quando, em sua essência, principalmente nesses últimos tempos, acabou se transformando, ainda que decadente nos dias de hoje, na ditadura mais fétida, desprezível e abominável dos cartéis e monopólios privados, com destaque para o das armas e do petróleo, associado à grande e venal mídia.
É simples assim – e é com essa compreensão e simplicidade que os norte-coreanos seguem a vida e a construção independente de seu país, sem renunciar à estratégia permanente da reunificação de sua pátria, afinal, a Coreia é uma só!, e haverá de ser em um futuro próximo, como profetizou e sonhou o presidente Kim Il Sung ao apresentar um plano confederado, atual como nunca, para iniciar essa grande tarefa.
Enganam-se os contumazes usurpadores ao pretender perpetuar uma divisão territorial e política que agride a cultura e o povo coreano e sua história milenar. Por algum tempo, isso foi possível, mas não o será para sempre.
MC
os eua continuam sua saga assassina e imperialista, sustentada na mentira e nas invasões, tudo em nome da “paz”. os eua não admitem que qualquer País se desenvolva de modo a abalar a supremacia americana. Rússia, China, Coreia do Norte deveriam se unir a acabar de vez com essa “democracia” sanguinária e expansionista.
Excelente coluna, camarada.