Coronel dos EUA expõe plano da CIA para desestabilizar a China manipulando uigures

O Ministério das Relações Exteriores da China divulgou na semana passada um vídeo, de 2018, em que Lawrence Winkerson, que foi chefe de gabinete do ex-secretário de Estado Colin Powell e coronel da reserva, enuncia que o objetivo da presença das tropas norte-americanas no Afeganistão é a desestabilização da China, seja agindo contra a Iniciativa Cinturão e Rota, seja desencadeando agitação em Xinjiang.

“Se a CIA tiver de montar uma operação usando esses [20 milhões de] uigures, como Erdogan fez na Turquia contra Assad, há 20 mil uigures na Síria agora, bem, se a CIA quisesse desestabilizar a China a melhor forma de fazer isso seria causar uma agitação e se aliar aos uigures para pressionar os han chineses em Pequim, a partir do interior, não do exterior”.

No vídeo, em que Wilkerson discursa em agosto de 2018 em Washington, na conferência do Ron Paul Institute, o ex-militar admitiu os planos dos EUA de criar agitação na região autônoma uigur de Xinjiang, jogando os uigures contra a maioria han e, eventualmente, derrubando o país por dentro.

Wilkerson sabe do que fala, por experiência própria, por ter ajudado a redigir as mentiras exibidas na ONU pelo então secretário de Estado Powell às vésperas da invasão do Iraque em 2003.

Nos meses recentes, avolumaram-se as provocações contra a China usando como pretexto Xinjiang, com acusações absurdas como a de ‘genocídio’, quando a população de chineses uigures dobrou de tamanho desde 1978 e a expectativa de vida aumentou de 30 para 72 anos.

Agora, a de que há ‘trabalho forçado’ e ‘1 milhão de uigures em campos de concentração’, usadas para tentar proibir o uso do algodão de Xinjiang para a confecção de tecidos e roupas – isto é, para provocar ‘desemprego forçado’, como denunciaram as autoridades chinesas.

Registre-se que o algodão de Xinjiang representa cerca de 20% do algodão mundial, e a tentativa de banir é uma enorme agressão econômica e tentativa de fazer a região autônoma retroceder, além de desorganizar as cadeias de abastecimento a nível mundial.

Ao mostrar aos jornalistas o vídeo, a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, destacou que a chamada ‘questão uigur de Xinjiang’ é outro complô planejado por Washington para desestabilizar e conter o desenvolvimento da China.

Xinjiang foi um dos principais objetivos do programa chinês de eliminação da pobreza absoluta, através de programas de treinamento profissional e apoio aos empreendedores, eletrificação rural e tratamento de água potável, instalação de novas indústrias e aumento de 50% nas matriculas do ensino superior em cinco anos.

“Os fatos provaram repetidamente que as questões relacionadas a Xinjiang não são questões étnicas, religiosas ou de direitos humanos, mas são questões de combate ao terrorismo e ao secessionismo”, enfatizou Hua.

Os Estados Unidos não se importam realmente com os uigures, se assim fosse, não teriam declarado guerras contra vários países muçulmanos em nome do contra-terrorismo e feito milhões de muçulmanos perderem suas vidas e lares após os ataques de 11 de setembro, observou Hua. A porta-voz ressaltou ainda a perseguição a muçulmanos movida pelo governo norte-americano dentro do próprio país, o que incluiu a proibição de entrada de cidadãos de sete países de fé islâmica majoritária.

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