Com faixas, cartazes e até caixões com imagens de Temer, do ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, e do presidente dos Correios, Guilherme Campos, os ecetistas realizaram protesto pela manhã da última quarta-feira, na região central de São Paulo. A greve nos Correios, deflagrada por aumento real, pela manutenção de direitos e contra a privatização da empresa, já atinge todos os Estados e o Distrito Federal. Segundo o sindicato, o governo Temer e seus aliados “estão destruindo os Correios”. “A desculpa usada pelo Palácio do Planalto é que a empresa está em crise, dando prejuízo. A mesma que o governo usa para justificar o roubo de direitos do povo com as reformas trabalhistas e da previdência e a privatização das estatais”, denunciou a entidade.
Os trabalhadores dos Correios realizaram protestos pela manhã da última quarta-feira, 4, na região central da capital paulista. A greve dos ecetistas, deflagrada por aumento real, pela manutenção de direitos e contra a privatização dos da empresa, tem adesão de trabalhadores em todos e no Distrito Federal.
Para o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba, a categoria está em greve “para defender a empresa pública” e “o direito da população ao serviço de qualidade prestado pelos Correios”, afirmou a entidade.
Com faixas, cartazes, e até caixões com imagens do presidente Michel Temer, do ministro das Comunicações, Gilberto Kassab e do presidente dos Correios Guilherme Campos, os ecetistas deram início ao ato por volta das 11 horas no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, seguiram em caminhada por vias do Centro e terminaram a manifestação no Vale do Anhangabaú, onde fica a sede dos Correios. A categoria entrou em greve no dia 26 de setembro, e reivindica em movimento unitário de trabalhadores de unidades dos Correios em todo o país, aumento salarial de 8%, a manutenção do plano de saúde, mais segurança no trabalho e contra a privatização da empresa.
Em carta aberta entregue à população durante o ato, o sindicato denuncia que o governo Temer e seus aliados “estão destruindo os Correios” e a desculpa usada pelo Palácio do Planalto é “que a empresa está em crise, dando prejuízo. A mesma que o governo usa para justificar o roubo de direitos do povo com as reformas trabalhista e da previdência e a privatização das estatais, como no sistema elétrico”, lembra a entidade.
Em Brasília, ecetistas também realizaram protestos em frente do edifício sede da estatal e nas ruas da Esplanada dos Ministérios na terça-feira. O ato teve passeata até o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, onde foi encerrado no fim da tarde. “Foi um ato de resistência e de demonstração de força da categoria”, disse a presidente do sindicato Amanda Corcino.
TST FAZ PROPOSTA
Na tarde de quarta-feira, 4, no distrito federal, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) apresentou uma proposta de acordo coletivo para os funcionários dos Correios, que propõem um reajuste de 2,07% (INPC) nos salários e benefícios retroativo ao mês de agosto deste ano, compensação de 64 horas e desconto dos demais dias de ausência e manutenção de cláusulas sociais no acordo.
Ainda noite de quarta-feira, a Federação Nacional dos Trabalhadores (Fentect), que representa 31 sindicatos, se reuniu para analisar a proposta sugerida pelo tribunal. Segundo a entidade o Comando Nacional de Mobilização e Negociação da FENTECT, buscará esclarecer pontos da proposta para orientar à categoria se aceita ou não a oferta do TST. Os trabalhadores dos correios realizarão novas assembleias na próxima sexta-feira, 6, conforme orientação do comando grevista. “É imprescindível que os trabalhadores permaneçam atentos e participem das assembleias em cada estado. Independente do que for definido pela representação dos trabalhadores, somente a categoria, em assembleia, poderá definir a aprovação ou não da proposta” disse a FENTECT.