Nesta edição, como vem ocorrendo, os africanos saíram vitoriosos. Deu Quênia no feminino e Uganda no masculino
A tradicional corrida de São Silvestre dedicou a sua 97ª edição, que ocorreu m manhã deste sábado (30), na capital paulista, ao Rei do Futebol, Pelé, que morreu nesta quinta-feira (28), aos 82 anos, no hospital Alberto Einstein, em São Paulo.
Como já é tradição que alguns participantes – os que não são considerados atletas profissionais – acabem concluindo a prova fantasiados, neste ano, além dos adereços, esses participantes carregavam detalhes alusivos ao ídolo. Antes da largada, o locutor que narra a corrida também abriu o evento com a dedicatória ao Rei do Futebol.
Trajado com uma camisa em alusão ao Brasil campeão do mundo da Copa de futebol de 1970, o analista de sistemas Fábio Medeiros, 44, disse que é preciso perpetuar a imagem do maior jogador da história, mesmo sendo são-paulino.
“Corro a São Silvestre há muitos anos. Nos últimos anos venho fantasiado. Já tinha comprado a fantasia do Flash, mas fiquei comovido com o Pelé, a história dele, quis homenagear porque o Brasil não valoriza tanto seus vencedores, esquece muito rápido. Ele era um cara íntegro, à frente da sua época, achei que ele merece essa homenagem”, disse Fábio.
O aposentado Elias Soares de Oliveira, 67 anos, torcedor do Corinthians, vestiu uma espécie de batina com fotos de Pelé. Conhecido como Frei Jabá, o corintiano recebeu vários cumprimentos de todos que passavam na avenida Paulista, lugar da largada e da chegada da tradicional prova.
A tradicional corrida Internacional de São Silvestre, na qual os atletas percorrem 15 km, começa e termina na avenida mais famosa da cidade, a Paulista. Nesta edição, como vem ocorrendo, os africanos saíram vitoriosos. Deu Quênia no feminino e Uganda no masculino.
Entre as mulheres, a queniana Catherine Reline, de apenas 20 anos, venceu pela primeira vez na carreira. No masculino, Andrew Kwemoi, de Uganda, foi o vencedor. Foi a primeira vez que um atleta de Uganda ficou com a vitória. Oseph Panga, da Tanzânia, ficou na segunda posição, seguido por Maxwell Rotich, de Uganda. O brasileiro Fabio Jesus Correia foi o quarto.
O Brasil não vence a corrida há 12 anos. A última vez que o país conquistou a São Silvestre foi com Marilson Gomes dos Santos (2010) e Lucélia Peres (2006).