O senador Roberto Requião (PMDB/PR) afirmou que propostas como a privatização da Eletrobrás, a reforma da Previdência, o fim das leis trabalhistas, os cortes de gastos sociais e o congelamento dos gastos fazem parte de um “grande jogo estratégico”, que tem como alvo “a alienação da soberania nacional”.
Requião ocupou a tribuna do Senado, na segunda-feira (5), para denunciar “as manobras” da classe empresarial, com apoio da mídia monopolista, para criar “narrativas fantasiosas” e enganar a população camuflando a trama dos “entreguistas” aboletados no complexo financeiro empresarial do país.
Ele criticou a submissão da classe política aos grandes conglomerados econômicos, que “apoiam ou atacam os políticos de acordo com a conjuntura, para tornar as leis e a administração do país favoráveis às metas do mercado”.
Para Requião, os governos petistas também cederam às pressões do rentismo e da mídia, quando Lula colocou no Banco Central e no Ministério da Fazenda “homens de confiança do mercado financeiro” e Dilma, na crise de 2013 e 2014, adotou as “políticas neoliberais” que desembocaram na atual onda privatista e entreguista.
O senador conclamou o povo a resistir contra essas medidas: “Convoco homens e mulheres que amam este país, que abominam a corrupção e o entreguismo, que rejeitam serem escravos do dinheiro, que não aceitam a prevalência do capital financeiro sobre o capital produtivo. Nada temos a perder, pois o que tínhamos está sendo surrupiado e vendido a preço de banana pelos entreguistas do Brasil com a prestimosa colaboração de alguns tolos que se arvoram em heróis da Pátria”.