Corte de verbas da prefeitura pesa no primeiro dia de desfile do Grupo Especial do Rio

A Império Serrano fez uma bonita homenagem à Dona Ivone Lara no carro da Velha Guarda que fechou o desfile

O desfile das escolas do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí nessa madrugada transcorreu com a marca da falta de verba. Apesar da criatividade dos carnavalescos e do empenho e alegria dos componentes, era visível que o corte das verbas  oficiais para as escolas, desde que o prefeito Marcelo Crivella assumiu há dois anos, pesou.

Só para se ter uma ideia da mudança, em 2016 cada escola do Grupo Especial recebeu da prefeitura R$ 2 milhões, este ano foram apenas R$ 500 mil. Com o agravante que o dinheiro só foi liberado poucos dias antes do carnaval.

Para quem viu pelo menos alguma coisa do desfile do grupo Especial de São Paulo e alguma coisa do desfile dessa madrugada na Sapucaí, a diferença era gritante. Não é à toa, cada escola do grupo Especial de São Paulo recebeu da prefeitura R$ 1,2 milhões. Para as do Acesso 1 foi disponibilizado R$ 783 mil para cada uma.

O descaso do prefeito com uma das mais importantes manifestações da cultura brasileira e o maior evento do calendário turístico do Rio, ao lado do réveillon, gerando bilhões de recursos para a cidade (em 2018 foram quase 4 bilhões) e empregos e é difícil de engolir.

O prefeito fala em fazer “desmame” das verbas públicas. “Quem sabe, no ano que vem, este bebê parrudo, de perninhas grossas, já esteja desmamado”, afirmou em entrevista  recente.       

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