Uma multidão participou em Bagdá, Iraque, de uma procissão fúnebre em homenagem ao general iraniano Qasem Soleimani e ao líder da milícia iraquiana Abu Mehdi Al Muhandis, morto na mesma operação norte-americana. Como em Teerã, a multidão em Bagdá também gritou “morte à América!”
O primeiro-ministro iraquiano Adel Abdul Mahdi participou da manifestação. Também estiveram presentes Hadi Al Ameri, chefe das forças xiitas no parlamento iraquiano e o ex-primeiro-ministro Nuri Al Maliki.
A procissão fúnebre foi realizada no santuário do Imam Moussa al-Kadhim, na capital do Iraque.
Em alguns lugares, as pessoas colocaram tapetes vermelhos enquanto aguardavam a chegada dos corpos. E os caixões de Soleimani e al-Muhandis e de outras pessoas que morreram no ataque foram cobertos de preto e decorados com flores.
Segundo a rede de notícias norte-americana CNN, a atmosfera era altamente emocional, com as pessoas chorando e algumas cantando com raiva.
As solenidades continuarão no Irã, para onde irá o corpo do general assassinado a mando de Trump.
Na sexta-feira (3) dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas da capital iraniana, Teerã, para repudiar os crimes de Washington. Com dizeres como “Morte aos Estados Unidos” e cartazes com a foto do general, os manifestantes encheram as ruas do centro da capital. “O eixo do mal são os Estados Unidos, o lema agora é: Estados Unidos nunca mais”, entoavam.
A agência oficial Irna informou que manifestações similares aconteciam nas cidades de Arak, Bojnurd, Hamedan, Hormozgan, Sanandaj, Semnan, Chiraz e Yazd.
O presidente Hassan Houhani disse que o assassinato de Soleimani “redobra a determinação da nação iraniana e de outras nações livres da região de opor-se à intimidação dos Estados Unidos e defender os nossos valores”. Expressou ainda que o ataque era uma demonstração da desesperação e debilidade dos Estados Unidos na região.