
Os cortes orçamentários e o verdadeiro desmonte do Estado promovido pelo governo Bolsonaro devem afetar até os pagamentos de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Conforme reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a situação é tão séria que restam apenas R$ 2,4 bilhões para pagar despesas discricionárias de todos os ministérios até o final de 2022.
O desgoverno Bolsonaro, que deixou a situação das contas públicas e do funcionamento do serviço público chegarem a este ponto, agora corre atrás de aquisição de créditos extraordinários para custear as despesas do INSS e de outros setores da máquina pública, como do Ministério da Educação e da Saúde.
A Casa Civil consultou o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a possibilidade de créditos extraordinários, mas, segundo as regras vigentes das contas públicas, o governo não pode se endividar para pagar as despesas correntes, isto é, aquelas de manutenção e funcionamento dos serviços públicos, como juros da dívida, encargos com pessoal, compra de matérias-primas e bens de consumo e transferência a entes públicos.
Fechando a sua administração desastrosa, o governo Bolsonaro continua mentindo descaradamente sobre qualquer assunto, como a afirmação de que o aumento dos gastos do INSS seria motivado pela “redução acelerada” da fila de espera de beneficiários que estariam tendo acesso a aposentadorias e pensões. Na verdade, o que tem sido revelado, inclusive em levantamentos dos dados do próprio governo dos quais a equipe de transição do governo Lula está tendo acesso, é que a fila de pessoas que aguardam atendimento do INSS só aumentou nos últimos quatro anos, e já chega a mais de 5 milhões.