Os primeiros momentos do depoimento de Roberto Pereira na CPI foram marcados por incongruências sobre a fundação da empresa. FIB Bank deu “garantia” de R$ 80 milhões ao Ministério da Saúde para comprar a vacina Covaxin
Áudio enviado à CPI da Covid-19, com o depoimento de Geraldo Rodrigues Machado, homem que consta como sócio fundador do FIB Bank, exibe-o negando qualquer envolvimento com a empresa. Esta foi uma das contradições detectadas e expostas na oitiva de Roberto Pereira, que consta como diretor do FIB Bank.
“Nunca estive no Estado de São Paulo, nunca participei de nenhuma reunião, não assinei nenhuma ata. Falsificaram minha assinatura e meu nome consta lá como sócio ativo”, mostra o áudio.
Roberto Pereira afirmou não ter conhecimento sobre o caso porque ele não participou da fundação da FIB Bank.
Antes de exibir o curto vídeo, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) comentou que: “a assessoria do senador Renan conseguiu o depoimento do senhor Geraldo Rodrigues Machado, um dos ‘sócios-fundadores’ do FIB Bank, ainda quando tinha o nome DTX. É um depoimento rápido, é um minuto. Ele vai se identificar aí. Tem vídeo aí.”
A CPI da Covid-19 ouviu, nesta quarta-feira (25), o diretor do FIB Bank, Roberto Pereira Ramos Júnior, que presta depoimento a respeito do envolvimento dele no caso das negociações da vacina indiana Covaxin, entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde.
Roberto Pereira é sócio da empresa que emitiu carta de fiança irregular apresentada pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde, com contrato no valor de R$ 1,6 bilhão para compra dos imunizantes do laboratório Bharat Biotech.
Para firmar a compra, o termo previa a necessidade de pagamento de garantia no valor de R$ 80,7 milhões, além da quantia bilionária. O requerimento da convocação de Roberto Pereira foi apresentado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-SP).
M. V.