A CPFL Energia, maior grupo privado do setor elétrico brasileiro, registrou lucro de R$ 1,24 bilhão no ano passado. O número representa crescimento de 41,4% em relação a 2016. A empresa fornece energia para o interior de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais. O grande responsável por este lucro da distribuidora de energia, isto é, o povo – obrigado a arcar com tarifas de energia absurdas, será o grande premiado com ao lucro da empresa: um novo aumento na conta de luz, de 19,3%.
“Em 2017, a CPFL Energia passou por mudanças societárias e organizacionais relevantes, com a chegada de um novo acionista controlador, agrupamento de empresas e desenvolvimento de novos negócios. Mesmo diante deste cenário, o Grupo manteve o foco e a disciplina na execução dos seus planos estratégico e operacional, alcançando o maior Ebitda de sua história e melhora em seus indicadores operacionais”, afirma o presidente da CPFL Energia, Andre Dorf.
O aumento das contas de luz, que segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), tem o objetivo de sanar as contas das concessionárias distribuidoras de energia, foi formalizado na última terça-feira. O reajuste médio, para cerca de quatro milhões de pessoas será de 16,9%.
Para consumidores conectados em alta tensão, o aumento será de 11,11% e, para a baixa tensão, de 20,17%. Além das unidades residenciais, a baixa tensão inclui as unidades consumidoras de baixa renda, imóveis rurais, comerciais, de serviços e outras atividades. Também inclui a tarifa de iluminação pública.
CEMIG
A situação não é diferente em Minas Gerais, onde os usuários atendidos pela Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), também receberam um “reajuste”, nas suas contas do mês que vem. Os mineiros terão de arcar com um aumento médio de 25% na tarifa.
A empresa obteve lucro líquido de R$ 1 bilhão, quase 200% superior ao registrado em 2016 (R$ 335 milhões).