CPI cria sete núcleos de investigação e ouve juristas para tipificar os crimes do governo

Senadores da CPI se reúnem durante o recesso, que acaba no dia 30. Foto: Pedro França - Agência Senado
Com núcleos ou frentes de investigação, CPI vai ficar mais ágil e mais profissional. A comissão também vai se reunir com juristas para tipificar os crimes investigados pelo colegiado

A CPI da Covid do Senado criou sete núcleos para aprofundar as investigações durante o recesso parlamentar, período em que integrantes da comissão também devem se reunir para discutir a elaboração do relatório final das apurações.

A comissão de inquérito, que tem fustigado o governo do presidente Jair Bolsonaro, foi prorrogada em 14 de julho por mais 90 dias e pode funcionar até o início de novembro.

A CPI foi instalada em 27 de abril para investigar as ações, omissões e inações do governo Bolsonaro em relação à gestão da pandemia do novo coronavírus. A primeira fase de investigações se encerra em 7 de agosto. Os trabalhos vão ser retomados depois do recesso parlamentar que vai até dia 31 de julho. Isto é, em 3 de agosto, uma terça-feira.

HOSPITAIS FEDERAIS DO RIO DE JANEIRO

O primeiro núcleo de investigação tem por objetivo apurar suspeitas de irregularidades que envolvem hospitais federais do Rio de Janeiro e organizações sociais. O núcleo de investigação vai ser integrado pelos senadores Humberto Costa (PT-PE), Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Simone Tebet (MDB-MS).

COVAXIN

O segundo núcleo pretende se aprofundar nas suspeitas de corrupção envolvendo o contrato para a compra da vacina indiana Covaxin.

Nesse, participam Simone Tebet e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

INTERMEDIAÇÕES

Uma terceira linha de investigação diz respeito às empresas que tentaram intermediar a venda de vacinas para o ministério, tendo à frente o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

CONTRATOS PÚBLICOS

Uma quarta frente de investigação quer aprofundar a relação de empresa com contratos públicos. Essa investigação terá como supervisores Eliziane Gama e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

“FAKE NEWS”

A quinta linha de apuração vai investigar as chamadas “fake news”, a disseminação de notícias falsas para o enfrentamento da pandemia. Alessandro Vieira e os petistas Humberto Costa (PE) e Rogério Carvalho (SE) vão coordenar os trabalhos.

MEDICAMENTOS INEFICAZES

A sexta frente quer apurar o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra Covid-19 como a cloroquina. Participam dela Humberto Costa, Alessandro Vieira e Eliziane Gama.

NEGACIONISMO DO GOVERNO

A sétima frente ou núcleo quer apurar atitudes negacionistas do governo ou de simpatizantes, tendo como supervisores do grupo Rogério Carvalho e Otto Alencar (PSD-BA).

Além dos sete núcleos, a CPI vai se reunir, virtualmente, na próxima semana, entre terça (27) e quinta-feira (29), com juristas para discutir a tipificação de crimes de investigados pela CPI, sob o comando da senadora Simone Tebet.

“A CPI está no caminho certo. Estamos descobrindo quem estava e está por trás de uma gestão completamente ineficaz no Ministério da Saúde em relação, especialmente, à pandemia, que já nos custou mais de meio milhão de vidas do povo brasileiro. Não vamos parar”, publicou o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

M. V.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *