A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado deu prazo de 48 horas para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explicar a possibilidade de a CoronaVac não integrar o plano de vacinação contra o novo coronavírus em 2022.
O requerimento foi aprovado optando pela cobrança de informações após a comissão desistir de convocar Queiroga para o terceiro depoimento. Ele já compareceu duas vezes à CPI .
“Nós não vamos mais ouvir o Queiroga, mas temos muita coisa a perguntar para ele. Então o ideal é que nós aprovemos questionários e esses questionários sejam mandados ainda hoje que nós temos tenhamos essa resposta até o final da semana”, afirmou o relator Renan Calheiros (MDB-AL).
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, afirmou que a decisão sobre a não convocação pode ser revista caso Queiroga não responda ao questionamento dos senadores em um prazo de 48 horas.
Os questionamentos da CPI ao ministro são:
• Detalhamento do Plano Nacional de Imunização a ser executado no ano de 2022;
• Detalhamento do programa de acompanhamento epidemiológico, em substituição ao Epicov;
• Apontamento dos membros da equipe técnica responsável pelo acompanhamento do contexto da pandemia e pela formulação de políticas públicas;
• Descrição da atual composição da câmara técnica em imunização;
• Indicação do estoque e planejamento de vacinas relativos ao final de 2021,considerando-se a aplicação da terceira dose e a vacinação de adolescentes;
• Indicação das medidas que estão sendo tomadas para esclarecer as dúvidas da população acerca da vacinação;
• Justificativa para a descontinuidade do uso da CoronaVac em 2022, tal como anunciado.
O Ministério da Saúde admitiu na quarta-feira passada que planeja um novo ciclo de imunização contra a Covid-19 em 2022 e segundo a pasta, não há intenção de firmar um novo contrato com o Instituto Butantan para a compra de CoronaVac.
O instituto já anunciou acordo para venda de 2,5 milhões de doses a cinco estados: Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará e Piauí.
Segundo o Butantan, prefeituras e outros países já sinalizaram interesse em adquirir doses.
A pasta planeja a compra de novos lotes de vacina para 2022, mas ainda não divulgou as quantidades e quais seriam os laboratórios. A intenção seria adquirir apenas as doses das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer no ano que vem.
Após a repercussão negativa do planejamento de exclusão da CoronaVac do PNI, Marcelo Queiroga, afirmou que apenas se o imunizante do Instituto Butantan obtiver o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ele será considerado para compras futuras.
Atualmente, quatro vacinas são oferecidas à população pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI): a Pfizer/BioNTech e a Oxford/AstraZeneca, que já têm registro definitivo na Anvisa; e a Janssen/Johnson&Johnson e a CoronaVac.
“Tínhamos uma emergência sanitária, essas vacinas foram feitas em tempo recorde e a Anvisa deu registro emergencial, não só à CoronaVac, à Janssen também. Se quer entrar no calendário nacional vai ter que solicitar o registro definitivo”, disse. “Uma vez a Anvisa concedendo o registro definitivo, o Minsitério da Saúde considera essa ou qualquer outra vacina para fazer parte do PNI”, disse Queiroga em entrevista a jornalistas na entrada do ministério.
Queiroga disse ainda que o país tem um montante “muito grande” de vacinas já contratadas a receber. Segundo ele, até o final do ano, o Brasil ainda deve receber 100 milhões de doses da Pfizer, cerca de 30 milhões da Janssen, além de doses do consórcio Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Respostas de 2
E quem tomou a Coronavac? Como ficamos? Temos que entrar na fila para tomar outra vacina?
Fomos enganados-? Tem eficácia a vacina? São milhoes de vacinados com a Coronavac, sem certeza que que funciona?
Porque foi aplicada se não tinha a autorizaçãp da Anvisa? e se aplicou emergencialmente, como fica a documentação e validade de quem tomou? Se eu for entrar em uma dependencia que exija a comprovação da vacina, não vai valer o cartão de vacinação com coronavac? Que merda é essa, ministério da saúde!!!!!!
Fique tranquilo, leitor. É mais fácil o Queiroga cair do que suas ameaças sobre a CoronaVac se realizarem – até porque elas são apenas coisa de puxa-saco do Bolsonaro.