CPI vai propor indiciamento de Bolsonaro por charlatanismo e propaganda enganosa

Cúpula da CPI se reuniu e decidiu propor indiciamento dos crimes. Foto: Pedro França - Agência Senado
A proposta constará do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que vai ser apresentado ao final dos trabalhos da comissão parlamentar

A cúpula da CPI da Covid-19 no Senado decidiu, nesta terça-feira (11), que vai propor o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de charlatanismo, curandeirismo e propaganda enganosa. A reunião ocorreu durante o intervalo do depoimento do representante da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista, à comissão.

Participaram do almoço, o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), o vice, Randolfe Rodrigues Rede-AP), e o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL). A proposta de indiciamento de Bolsonaro estará no relatório final a ser apresentado por Renan.

“Nós vamos propor o indiciamento do presidente Bolsonaro pela prática de charlatanismo, prática de curandeirismo e divulgação de propaganda enganosa”, disse o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues.

“ATUOU PARA DIVULGAR MEDICAMENTOS COM INEFICÁCIA COMPROVADA”

Ele acrescentou que essa decisão não exclui o pedido de indiciamento por outros tipos de crimes.

Segundo Randolfe, o depoimento do representante da Vitamedic, que lucrou com a venda de remédios ineficazes contra a Covid-19, traz mais elementos comprovando que o presidente Bolsonaro “atuou para divulgar medicamentos com ineficácia comprovada, colocando em risco a saúde da população brasileira”.

A CPI da Covid-19 decidiu ainda que vai responsabilizar a empresa pela defesa ilegal de uso de medicamentos sem eficácia comprovada e vai analisar ainda o pedido de bloqueio de bens da farmacêutica, que lucrou com a venda da ivermectina.

M. V.

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