O líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), criticou na terça-feira (10), a proposta do governo Bolsonaro de criar novo imposto para a população.
A proposta do governo federal é que saques e depósitos em dinheiro sejam taxados com uma alíquota inicial de 0,4%. Já para pagamento no débito e no crédito a alíquota inicial estudada é de 0,2% para pagadores e recebedores.
A proposta vem sendo comparada à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
“A solução para gerar economia não é obrigar o trabalhador a pagar mais um imposto. A economia melhora quando se tem empregos e investimentos para pesquisa e educação. Emprego e educação para o povo, isso sim é a solução”, alertou o parlamentar.
Apesar de o governo rechaçar a semelhança com a antiga CPMF, ela vem sendo utilizada como modelo comparativo nas apresentações da proposta feitas pelo Executivo.
A proposta ainda será enviada ao Congresso. No entanto, a batalha promete ser acirrada. O próprio presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem afirmado que o tema tem dificuldade de andar na Câmara.
“A CPMF tem pouco apoio entre aqueles que conhecem a questão tributária, não sei se esse é o melhor caminho para você resolver os custos com mão de obra”, afirmou.
O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) diz que é contra a recriação da CPMF. “Ela sacrificará ainda mais os pobres e a classe média, que são os que mais pagam impostos no Brasil. Em vez de tirar dinheiro do bolso de quem tem menos, é necessário fazer com que os super-ricos, que hoje pagam pouquíssimo, contribuam mais”, argumentou.
Christiane Peres, do PCdoB na Câmara