CPMI das Fake News convoca assessor e secretário de Bolsonaro

CPMI se reuniu para votar requerimentos de convocação e convites. Foto: Marcos Oliveira - Agência Senado
A comissão quer ouvir também o general Santos Cruz, o dono da Havan e os deputados Delegado Waldir e Joice Hasselmann

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News convidou os deputados do PSL, Joice Hasselmann (SP) e Delegado Waldir (GO), e o ex-ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz para deporem.

O dono das lojas Havan, Luciano Hang, que foi condenado por fazer campanha ilegal para Bolsonaro, também foi convidado a depor.

A CPI mista das Fake News, que foi criada para investigar a criação e a divulgação de notícias falsas pela internet, aprovou a convocação do secretário especial de Comunicação Social da Presidência, Fábio Wajngarten, e o assessor especial de Bolsonaro para assuntos internacionais, Filipe Martins, que não podem se recusar a comparecer à audiência.

Com as recentes brigas dentro do PSL pelo controle do fundo partidário e do fundo eleitoral, Hasselmann foi substituída na liderança pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO) e Waldir pelo filho “03” de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro.

A deputada anunciou em seu Twitter que existe uma milícia virtual que atua para defender Jair Bolsonaro e atacar seus opositores. Esse grupo é formado “por mais de 20 perfis alimentados por assessores de Eduardo, Flávio e Carlos Bolsonaro”. “Esses perfis se vinculam a cerca de 1.500 páginas na internet para espalhar mentiras e agredir adversários”.

“Os ataques são por orientação dos ‘filhotes’. Eles têm o mesmo modus operandi de sempre. Criam memes e vídeos apócrifos e espalham nos grupos e páginas. Alguns perfis são fakes. Há assessores envolvidos”. “São pessoas interligadas em todo Brasil, algumas recebendo para isso e outras não. Muitos robôs”.

Segundo a parlamentar, que se beneficiava do esquema até a briga dentro do partido, os materiais falsos “são preparados de dentro do Palácio do Planalto”. “Não é só fake news, mas também campanhas de difamação”, disse.

O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, que foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter feito campanha ilegal para Jair Bolsonaro em 2018, também foi convidado pelos parlamentares a prestar depoimento.

O nome de Hang está na lista de empresários que fizeram pagamentos ilegais para disparo em massa de mensagens de whatsapp em favor de Bolsonaro. O que configura caixa 2, proibido pela legislação. O assunto está sendo investigado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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