A crise e o desemprego elevaram para assustadores 61,8% o percentual de famílias endividadas no Brasil. A pesquisa, divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na quarta-feira (8), deu conta do aumento de 2 pontos porcentuais no índice com relação ao ano passado (59,8%). Enquanto isso, o governo Temer continua afirmando que tirou o país da crise graças à sua política de arrochos, cortes e privatizações.
Entre as famílias endividadas, 24% afirma ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento das dívidas – que são principalmente de cartão de crédito, cheque especial, carnês e financiamentos. Além disso, 10,1% declara que não tem nenhuma condição de quitar seus débitos.
Comprova a tendência crescente do endividamento consequente à crise a alta do porcentual de famílias inadimplentes com relação a setembro desse ano, quando o indicador estava em 59,8% do total de famílias consultadas. Em setembro o IBGE apurou, sem muita precisão, o número de 13 milhões de desempregados no país – além do crescimento astronômico do número de subempregados.
PRISCILA CASALE