
Em entrevista à Hora do Povo, Elias Diviza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo, declarou que “a crise dos Correios, que estourou agora, vem germinando há alguns anos”. Para o líder sindical, durante os governos Temer e Bolsonaro, os Correios foram sucateados, “não investiram em tecnologia, em e-commerce, nem na frota. Além de terem deixado um pesado passivo trabalhista”, afirma.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas em Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), no governo anterior, “o então presidente Floriano Peixoto, com o apoio de Ives Gandra, no TST, promoveu um dos ataques mais brutais aos trabalhadores da empresa, retirando, de uma só vez, 50 cláusulas do nosso Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e enfraquecendo nossos direitos sociais e benefícios”.
Em 2024, sob a administração de Fabiano Silva dos Santos, que pediu demissão no início deste mês, a estatal registrou um prejuízo R$ 3,2 bilhões, e, no início deste ano, a empresa chegou a atrasar o salário de parte dos funcionários.
Para Diviza, além do sucateamento, outros fatores também contribuíram com a crise. Ainda no governo Dilma, a empresa repassou R$ 6 bilhões para o governo federal e, nos últimos anos, “Haddad cortou a chamada taxa das blusinhas, que dava um bom faturamento para empresa – imposto de 20% sobre mercadorias importadas até US$ 50 – e o resultado foi um prejuízo bilionário”, afirma.
Em maio, a Federação dos Trabalhadores enviou uma Carta ao governo cobrando aporte à estatal, com um plano urgente de investimentos visando manter os serviços prestados e capacidade de disputar com empresas privadas de entregas. “O que estamos fazendo é reivindicar do governo a devolução de R$ 6 bilhões que foram retirados da empresa durante o governo Dilma. É um reinvestimento extremamente necessário”, declarou Diviza na ocasião.
“Não aceitaremos retrocessos ou retirada de direitos. Elegemos este governo com a esperança de reconstruir tudo o que foi desmontado nos últimos anos e seguiremos firmes na luta para que isso se concretize”, afirma a carta da entidade.
CARLOS PEREIRA
conversa pra boi dormir…
o Sr Divisa, esqueceu que os seis 6 bilhões que ele alega de repasse, este dinheiro é do fundo de pensão dos trabalhadores dos correios…
E está esquecendo de que esse sindicato é e sempre foi aliado do governo que aí está, governo esse que o sindicato incentivou a categoria a reeleger, e que levou o dinheiro do fundo de pensão,e vem contribuindo também bem antes de 2014 no sucateamento da empresa, só que deixando tudo por baixo do tapete, e que como sempre, nunca assumem os seus erros, sempre procurando alguém para atribuir a culpa.
tá certo que o governo anterior, não investiu na empresa, na tentativa de privatização… penalizando os funcionários com a retirada de benefícios e redução do quadro de funcionários, até porque a empresa já não tinha uma boa receita ou seja, já estava no processo de forte concorrência no mercado e era necessário enxugamento tanto no quadro de funcionários, despesas em geral e folha de pagamento, para poder privatizar, porém, ainda dava lucros.
Você concorda com tudo que o presidente do sindicato disse em sua entrevista. Com uma exceção. Você quer sanear os Correios para privatizá-lo, isto é, para que ele sirva aos açambarcadores privados – e não ao povo brasileiro. É um ponto de vista. O ponto de vista dos trabalhadores e do povo é outro.
Esse “Presidente” do Sindicato não representa os trabalhadores dos Correios ao defender justamente o atual desgoverno que foi o responsável pelo prejuízo na Estatal. Uma das irresponsabilidades foi gastar 38 milhões dos Correios para patrocínios, sendo 4 milhões só para a turnê do Gilberto Gil. Muita cara de pau e falta de ética essa postura dele!
Onde você viu que ele defende o governo. Pelo contrário. O que ele diz é que ainda no governo Dilma, a empresa repassou R$ 6 bilhões para o governo federal e, nos últimos anos, “Haddad cortou a chamada taxa das blusinhas, que dava um bom faturamento para empresa – imposto de 20% sobre mercadorias importadas até US$ 50 – e o resultado foi um prejuízo bilionário.