“De Fidel aprendemos a perseguir sonhos que, por mais difíceis que possam parecer, são alcançáveis se confiarmos no povo, o comprometemos e nos armarmos de compromisso, perseverança e dedicação, mudando permanentemente o que deve ser mudado em função da sagrada justiça social, a independência, a soberania, o anti-imperialismo e a integração”, afirmou o Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, no encontro virtual internacional “Fidel, um homem de ciência com visão de futuro”, realizado pelo Partido Comunista de Cuba (PCC) e pela Secretaria Executiva do Foro de São Paulo (FSP) com o objetivo de reverenciar a herança do Comandante-em-chefe Fidel Castro no 95º aniversário de seu nascimento, na sexta-feira (13).
“No aniversário do Comandante Fidel Castro Ruz, vemos seu imenso legado na vanguarda, nos desafiando, mas também apreciamos o ensinamento permanente que o general do exército Raúl Castro, seu irmão de sangue e ideias, nos lembrou mais de uma vez, e cito: ‘O homem é capaz de superar as condições mais duras se não desfalece sua vontade de vencer, faz uma avaliação completa de cada situação e não renuncia aos seus princípios justos e nobres’”, assinalou o também primeiro-secretário do PCC.
“Sob essa convicção, continuamos a promover o desenvolvimento econômico e social do país apostando na ciência, tecnologia e inovação, conforme aprovado no 8º Congresso do Partido Comunista de Cuba”, disse.
“Porém, nosso inimigo histórico está empenhado em interromper esses esforços. Além de sua política injusta e genocida de bloqueio, o governo dos EUA está hoje incorporando uma feroz campanha de desestabilização projetada e financiada desde aquele país, cujas autoridades aproveitam de forma deliberada, brutal e oportunista o impacto da pandemia e as enormes dificuldades que isso gera”, denunciou o presidente Díaz-Canel.
“Diante da difícil e complexa batalha que travamos todos os dias, e que nada indica será mais fácil no futuro, permitam-me concluir lembrando um exemplar pensamento de Fidel quando expressou: “Foi a união que nos fez triunfar, foi a união que nos deu a capacidade de vencer, foi a união que nos deu a força para resistir com sucesso ao império mais poderoso que já existiu! E aqui está a Revolução, e aqui continuará estando a Revolução!”
A seguir, a íntegra do pronunciamento do presidente Miguel Díaz-Canel.
Boa leitura.
“Amigas e amigos da Pátria Grande, e todos aqueles que acompanham este Encontro desde diferentes latitudes:
Quando penso que o homem que nos reúne nasceu há 95 anos, no oriente de Cuba, muito longe de Havana e ainda mais longe dos lugares desde onde os demais convidados participam, e que este homem viveu 90 anos, mais de 60 deles aportando ideias e práticas revolucionárias que já são referências mundiais, devo necessariamente começar celebrando a vida de Fidel Castro Ruz, Comandante-em-chefe da Revolução Cubana e líder da esquerda revolucionária da Nossa América e do mundo.
Quando falamos de Fidel, não podemos ignorar um fato: ele é o estadista contra quem mais ataques foram planejados no século XX. E não só sobreviveu a todos os planos inimigos, como se multiplicou milhares de vezes em novas gerações de revolucionários.
Quem entre vocês não o sente perto, de forma constante? Quem não o vê reaparecendo em todas as estradas revolucionárias que se abrem em nossa região rebelde? Que revolucionário verdadeiro pode enfrentar os enormes desafios desta época sem pensar em Fidel?
Agradeço por isso, ao Foro de São Paulo, a iniciativa de organizar junto com nosso Partido o Encontro: “Fidel, um homem de ciência com visão de futuro”, homenagem a um dos fundadores mais iluminados que, ao mesmo tempo, nos permite voltar a uma escola de pensamento e ação cujas aulas são nossas próprias sociedades contemporâneas.
O tema aponta para a obra magnífica de um político excepcional que, com humanismo, inteligência, criatividade e tenacidade, fez revolução na Revolução colocando a educação, a saúde e a ciência em primeiro lugar.
A partir desta obra realizada sem distração por décadas, sempre em meio aos desafios colossais impostos pelo bloqueio norte-americano, surgiram, gerações após gerações, educadores de prestígio, médicos e cientistas que não hesito em qualificar como consagrados combatentes pela vida.
Queridos irmãs e irmãos:
Embora muito conhecida por um público como este, sinto a necessidade de me referir à frase que preside nosso encontro: “O futuro da nossa pátria deve necessariamente ser um futuro de homens de ciência, tem que ser um futuro de homens de pensamento, porque é precisamente o que mais estamos semeando; o que mais estamos semeando são oportunidades à inteligência; já que uma parte muito considerável do nosso povo não tinha acesso à cultura ou à ciência.”
Essas palavras foram ditas poucos dias após o primeiro ano do triunfo revolucionário, em 15 de janeiro de 1960, em um contexto social marcado pelo alto nível de analfabetismo que só começaria a se reverter no ano seguinte com a paradigmática Campanha de Alfabetização, um movimento deslumbrante de participação social que nem mesmo os bandos de revoltados que aterrorizavam as populações rurais poderiam parar.
Para os cientistas cubanos – e as cientistas, que hoje são ampla maioria – essa data é a mais significativa no calendário sindical. Eles entendem que esta não é uma frase, mas o nascimento de uma política que iria catapultar maciçamente o talento nacional, até então relevante apenas em figuras ilustres excepcionais.
Entre o que Fidel disse naquele dia e o que Cuba construiu nas últimas seis décadas, há um fio inquebrável: a coerência de um estadista com visão estratégica de futuro e fidelidade a um programa político focado no desenvolvimento humano como objetivo final, acima dos critérios econômicos.
Ciente das profundas limitações de uma nação pequena, subdesenvolvida e dependente, cujo senso de liberdade incomodaria a poderosa potência vizinha, desde muito cedo Fidel apostou em alcançar a soberania tecnológica e científica; e com a participação ativa do povo, encheu a ilha de escolas, instituições de saúde e centros científicos.
É nessa obra social sem precedentes que hoje repousa a principal força do país diante das adversidades de todos os tipos, particularmente aquelas decorrentes do obstinado, injusto e genocida bloqueio econômico, financeiro e comercial do Governo dos Estados Unidos, que é o principal obstáculo para o desenvolvimento do nosso país.
“O homem novo”, que foi o ideal humano da geração histórica definido pelo Che em seu indispensável ensaio O Socialismo e o Homem em Cuba, hoje vive e trabalha na ilha sob as maiores pressões e as mais agudas carências.
Eu os vi trabalhando por dias, sem descanso, entregues em corpo e alma à busca científica por uma cura ou na atenção aos doentes de uma terrível pandemia que mantém o planeta em suspense entre a esperança das vacinas e a incerteza de cada cepa.
São fruto de um sistema político diferente e de um pensamento humanista emancipatório e de vanguarda, ainda em minoria no mundo, que coloca o ser humano acima dos lucros. Esse é o pensamento de Fidel.
Voltando à ideia da fortaleza que nos dá essa base educacional que presta homenagem a uma sólida comunidade científica e de profissionais da Saúde criados pela Revolução, posso dizer que nela se sustenta o enfrentamento contra a Covid-19 que mantivemos até agora com produtos biofarmacêuticos, equipamentos médicos, protocolos de medicamentos, inovações e, sobretudo, o compromisso, a integração e o exemplo de nossos cientistas e pessoal da Saúde.
Graças a esses resultados, conseguimos evitar que os contágios e a letalidade da pandemia subissem aos números das Américas e do mundo, ainda acima dos indicadores cubanos.
Nestes momentos e a um custo incalculável, tanto em recursos materiais quanto humanos, estamos enfrentando o mais intenso pico da pandemia, com um crescimento exponencial de contágios e lamentáveis perdas de vidas humanas, algo ao qual nunca poderemos nos acostumar.
Companheiras e companheiros:
Há pouco mais de um ano, quando a pandemia já era um fato e as transnacionais começavam a se movimentar na produção de vacinas contra o vírus da Covid-19, pedimos aos nossos pesquisadores – alguns deles presentes aqui – com mais experiência no tema, que buscassem uma solução soberana para o nosso povo.
Sob a pressão do mercado internacional e o assédio a Cuba, tínhamos muito claro que ou criávamos nossas próprias vacinas ou não teríamos proteção garantida, como aconteceu a várias nações do Terceiro Mundo.
Sem chauvinismos ou petulância, que estão muito longe de nossa prática política, nos acompanhava a mais profunda convicção de que nossos cientistas poderiam. E eles puderam!
Quando as autoridades competentes confirmaram que tínhamos obtido a primeira vacina da América Latina e do Caribe contra a Covid-19, a Abdala, juntamente com outros quatro candidatos à vacina em desenvolvimento com grandes perspectivas, todos nós pensamos em Fidel, em sua visão de futuro e sua fé no homem, que o fizeram promover projetos de pesquisa, produção e desenvolvimento das ciências em uma época em que nações poderosas estavam baixando as bandeiras do socialismo e do internacionalismo.
Pensamos nele, que percebeu muito cedo que diante das pandemias e outros flagelos naturais seriamos os países pobres os mais afetados, e transformou em ações e certezas a palavra solidariedade, a bandeira mais bela e necessária da Revolução. Assim, afirmamos o princípio de compartilhar o que temos e não o que nos sobra, algo absolutamente desconhecido por governos regidos pelo egoísmo e a ganância impostos pelas regras neoliberais.
Custa muito falar sobre avanços e conquistas em meio ao contexto mais adverso, mas não podemos esconder o sucesso que coroou tanto esforço dos melhores filhos da Pátria.
Estamos demonstrando que somos capazes de produzir nossas próprias vacinas e alcançar com elas a toda a população no menor tempo possível, sem que tenham nos levantado uma polegada do bloqueio. Pelo contrário, ele aumentou.
O que teria significado a Covid-19 para Cuba sem essas fortalezas, nascidas do pensamento de Fidel e sustentadas sob as maiores pressões externas.
Não estamos apenas engajados no combate à presença da famosa cepa Delta, mas também a essa outra cepa maligna, sem cura visível, que é o bloqueio, com 243 medidas adicionais implementadas pelo governo Trump e que o governo Biden mantém, em contradição com os discursos de campanha do atual presidente e suas exigências cínicas de respeito aos direitos humanos e liberdades políticas para o mesmo povo cubano ao que ele insiste em asfixiar a golpe de sanções econômicas.
Essa é, sem dúvida, a natureza do império ianque, que nasceu roubando a liberdade de outras nações. Vendo o que eles estão fazendo hoje contra nós, é mais compreensível aquela mensagem de José Martí em sua carta inacabada ao seu amigo mexicano Manuel Mercado, onde ele declara a consagração de todos os seus esforços “para evitar a tempo, com a independência de Cuba, que os Estados Unidos se espalhem pelas Antilhas e caiam, com mais essa força, sobre nossas terras da América”.
E é ainda melhor compreendida a mensagem de Fidel para Célia, que observamos hoje em uma exposição fotográfica que em sua comemoração inauguramos nas primeiras horas da manhã, que Célia guardou com grande discrição em um pequeno papel que a história transformou em um documento muito valioso, porque o líder da Revolução declara nela que sua guerra definitiva, após a vitória contra a ditadura Batista, seria contra o império que fornecia armas ao exército que massacrava o povo.
Irmãs e irmãos:
Embora os inimigos da Revolução Cubana estejam determinados a desacreditar o extraordinário trabalho humanista e solidário do nosso povo em relação a outras nações do continente e do mundo, hoje é necessário realizar um ato de reconhecimento aos trabalhadores da Saúde, cuja dedicação em salvar vidas lhes rendeu o respeito e a consideração de milhões de pessoas em todo o mundo.
Em outra clara expressão de continuidade, neste caso da vocação internacionalista do povo de Cuba, o Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situação de Desastres e Graves Epidemias “Henry Reeve”, criado por Fidel para ajudar o povo norte-americano quando foi atingido pelo furacão Katrina, num gesto, aliás, negado a priori pelas autoridades dos Estados Unidos da época, realizou missões de solidariedade honrosas em vários países do mundo atingidos por furacões, terremotos, o ebola, deslizamentos de terra, chuvas fortes, independentemente de governos ou ideologias.
Estamos muito orgulhosos deste exército, único no mundo por suas origens, que se propôs a salvar vidas e não a lançar bombas, como disse Fidel.
Estimadas amigas e amigos:
De Fidel aprendemos a perseguir sonhos que, por mais difíceis que possam parecer, são alcançáveis se confiarmos no povo, o comprometermos e nos armarmos de compromisso, perseverança e dedicação, mudando permanentemente tudo o que deve ser mudado, em função da justiça social sagrada, a independência, a soberania, o anti-imperialismo e a integração.
Por justa, por nobre e por ser a mais valiosa herança de uma história de mais de 100 anos de luta, nossa causa nos inspira e nos compromete profundamente como leais continuadores da Geração do Centenário.
No 95º aniversário do nascimento do Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz, vemos seu imenso legado na vanguarda nos desafiando. Mas, também apreciamos o ensinamento permanente que o General do Exército Raúl Castro, seu irmão de sangue e ideias, nos lembrou mais de uma vez, e cito: “… ‘O homem é capaz de superar as condições mais duras se não desfalece sua vontade de vencer, faz uma avaliação completa de cada situação e não renuncia aos seus princípios justos e nobres”.
É sob essa convicção que continuamos a impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país, apostando na ciência, tecnologia e inovação, conforme aprovado no Oitavo Congresso do Partido Comunista de Cuba.
Porém, nosso inimigo histórico está empenhado em interromper esses esforços. Além de sua política injusta e genocida de bloqueio, o Governo dos EUA está hoje incorporando uma feroz campanha de desestabilização projetada e financiada desde aquele país, cujas autoridades aproveitam de forma deliberada, brutal e oportunista o impacto da pandemia e as enormes dificuldades que isso gera.
Incitando abertamente a violência e a desordem social, a partir de plataformas digitais que presumem rejeitar tal conteúdo e fecham os olhos para a incitação a crimes e até assassinato em Cuba, os laboratórios de IV Geração constroem uma realidade paralela a partir da qual tentam mostrar um clima de ingovernabilidade e promover a intervenção, sob a falsa bandeira humanitária, como fizeram antes na Iugoslávia, Iraque e Líbia.
Meios de comunicação tradicionais, abertamente orientados contra Cuba, e plataformas globais dispostas a usar a hegemonia que possuem nos fluxos de informação, promovem a geração de notícias falsas, deturpam e manipulam os fatos, visam denegrir as autoridades do país e promovem ações vândalas como se fossem atos pacíficos de desobediência civil.
O objetivo é quebrar a vontade, fraturar as instituições e minar a unidade nacional. Para isso, milhões de recursos e programas manuais são dedicados.
Certamente é neste grupo de companheiros e amigos onde eu menos precisaria explicar as formas em que se atua. Lugo, Zelaya, Lula, Maduro, Daniel, Evo passaram por experiências semelhantes e ainda sofrem delas. Atilio, Ramonet e Frei Betto as estudaram desde suas origens e as expuseram à luz pública com evidências sérias e abundantes.
Vocês sofrem em primeira mão os golpes do manual podre de ações produzidas pelos laboratórios da Guerra Não Convencional para derrubar governos legítimos, os mesmos que foram rigorosamente executados anteriormente em vários países do Oriente Médio, Europa e também na América Latina e no Caribe.
Plataformas poderosas tão populares quanto o Twitter e o Facebook permitiram e até endossaram, sem um ápice de ética, as ações odiosas contra Cuba. Semanas após as desordens de 11 de julho, imagens cheias de violência, protestos, vandalismo, ameaças e assédios ainda estão sendo bombardeadas, como se estivessem em tempo real.
As cubanas e os cubanos, nestas horas de testes, enfrentam o duplo desafio do pico pandêmico e o pico do bloqueio. A resistência criativa, o que sejamos capazes de avançar a partir de nossos próprios esforços e a dignidade são nossos escudos.
Não vamos abrir mão de nossos direitos ao desenvolvimento, ao progresso, ao conhecimento. Não vamos desistir da Internet que, como Fidel sabiamente disse, parece inventada para nós, os pobres da terra, porque coloca inúmeros conhecimentos ao alcance de um clique.
Também não vamos deixar que nos roubem as essências de conceitos como democracia, liberdade, direitos humanos, conquistas dos revolucionários de todas as latitudes e de todas as épocas, dos quais nos consideramos herdeiros genuínos.
Com os ensinamentos mais valiosos de Fidel e uma juventude inspiradora que questiona, empurra e defende nossa praça sitiada, estamos convencidos de que é possível derrotar esta nova ofensiva imperialista.
Não haverá pandemias, nem bloqueios, nem pressões imperiais que mudem nossa marcha em direção a um socialismo soberano e independente, próspero e sustentável.
Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para expressar nossos profundos agradecimentos pelas ações de apoio e solidariedade a Cuba recebidas de Governos, personalidades, organizações políticas, movimentos de solidariedade, sociais e populares no mundo e especialmente em nossa região.
A posição digna e soberana da maioria das nações latino-americanas e caribenhas frustrou as tentativas dos Estados Unidos de acusar Cuba, usando para isso seu desacreditado “ministério de colônias” representado pela OEA.
Cuba se solidariza com os povos e governos progressistas da região, que se esforçam em levar adiante a melhoria das condições de vida de seus povos, especialmente diante da pandemia e das consequências do neoliberalismo selvagem.
Agradeço ao Foro de São Paulo, que é alimentado pelo legado anti-imperialista e pela unidade dos próceres e líderes da Nossa América, pelo seu firme apoio e compromisso na organização desta homenagem ao invicto Comandante em Chefe Fidel Castro Ruz. Continuaremos junto com o Foro contribuindo para a unidade e integração da América Latina e do Caribe, um sonho pendente de nossos próceres e uma garantia definitiva da prosperidade a ser conquistada.
Diante da difícil e complexa batalha que travamos todos os dias, e que nada indica será mais fácil no futuro, permitam-me concluir lembrando um exemplar pensamento de Fidel quando expressou: “Foi a união que nos fez triunfar, foi a união que nos deu a capacidade de vencer, foi a união que nos deu a força para resistir com sucesso ao império mais poderoso que já existiu! E aqui está a Revolução, e aqui continuará estando a Revolução!”
Fidel é presente e futuro, assim como o é a Revolução à qual seu povo dá continuidade!
Obrigado, Fidel, seu magnífico legado nos guia.
Unidos venceremos!
Até a Vitória Sempre!