Milhões de cubanos foram neste domingo às urnas para escolher os 605 deputados da Assembleia Nacional e os 1265 delegados das Assembleias Provinciais do Poder Popular para um período de cinco anos. A Comissão Eleitoral Nacional (CEN) precisou que, na segunda-feira, dia 12, 82,9% dos convocados exerceram seu direito ao voto, oferecendo resultados preliminares do pleito.
De acordo com a presidente do organismo, Alina Balseiro, foram sete milhões 399 mil 891 cubanos, de uma lista de oito milhões 926 mil 575 eleitores.
Segundo o previsto, no próximo 25 de março ficarão constituídas as Assembleias Provinciais, enquanto que o Parlamento cubano se conformará no dia 19 de abril, quando acontecerá a eleição do Conselho de Estado e do presidente do país. O mais cotado para assumir o posto é o atual vice-presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez. Ele seria o primeiro dirigente cubano, nascido depois do triunfo da Revolução, que alcançaria esse cargo político.
O presidente Raúl Castro votou no município IIa Frente Oriental Frank País, cujo nome é inspirado na coluna assim denominada, durante a guerra de guerrilhas que encabeçou Raul junto com Fidel, e que levou à queda da ditadura de Fulgencio Batista, em 1959.
Sobre a massiva participação nas eleições, Díaz-Canel afirmou que representa uma clara mostra de respaldo à Revolução. “Com o nosso voto demonstramos que esta pátria continua sendo independente, livre, soberana e socialista”, frisou.
“Sabemos tudo o que ainda temos por fazer, porém se algo devemos fazer hoje é saber defender o que já temos. Neste domingo resulta imprescindível defender nosso socialismo. Ainda mais quando temos à nossa frente um presidente (o norte-americano Donald Trump) que quer acabar com este processo”, advertiu o presidente do Parlamento, Esteban Lazo, pouco depois de exercer seu direito ao voto na capital, Havana.
Também o chanceler, Bruno Rodríguez, destacou o protagonismo popular que caracteriza as eleições em Cuba e a ausência nelas dos interesses transnacionais, da politicagem e das manipulações do voto ou da conduta política das pessoas.