Sem a presença de Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa, integrantes da cúpula da campanha do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, reuniram-se na terça-feira (18), em São Paulo, para discutir metas para o fim da corrida eleitoral. Além do vice, nenhum integrante do seu partido, o PRTB, esteve presente no encontro.
Segundo matéria na “Folha de S.Paulo”, a reunião serviu para lavar roupa suja e tentar unificar o discurso. Uma das decisões foi enquadrar Mourão, que vinha assumindo desastrado protagonismo desde que o deputado federal levou uma facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
Desde o atentado, grupos rivais entraram em conflito em busca de espaço, potencializando as desavenças e falta de coordenação no comando da campanha. O vice ganhou espaço nesse movimento, reivindicando inclusive a participação em debates no lugar do candidato – pretensão que foi barrada pelo PSL.
As polêmicas causadas por Mourão em entrevistas e palestras, nas quais suas ideias paleozoicas foram evidenciadas, também contribuíram para o acirramento da situação de incomodo instalada no campo bolsonarista.
Além de Heleno, estiveram no encontro o economista Paulo Guedes; o senador Magno Malta (PR/ES); o presidente licenciado do PSL Luciano Bivar; o presidente em exercício Gustavo Bebianno e o vice-presidente da sigla Julian Lemos; o ex-presidente do PSL Antonio de Rueda; os filhos de Bolsonaro, Eduardo e Flávio; os deputados federais Major Olímpio (PSL/SP) e Onyx Lorenzoni (DEM/RS); e o ruralista Nabhan Garcia.
Segundo a “Folha”, o presidente do partido de Mourão, Levy Fidelix, ficará totalmente alijado dos debates internos no comando da campanha. As palavras com que membros do entorno de Bolsonaro se referem a ele são impublicáveis.