Em julho, trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu, em média, 54,61% da renda líquida para comprar os produtos alimentícios básicos
O preço da cesta básica voltou a cair na maior parte das capitais do Brasil em julho, mas ainda compromete mais de 50% do salário-mínimo na maioria. Segundo o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o conjunto de produtos que compõem a cesta caiu em 13 das 17 cidades – em junho, a pesquisa havia identificado queda em 10 das 17.
As maiores quedas no custo da cesta foram identificadas em Recife (-4,58%), Campo Grande (-4,37%), João Pessoa (- 3,90%) e Aracaju (-3,51%). Em Porto Alegre, houve alta de 0,47% – sendo a única capital onde o preço da cesta subiu.
Assim, a capital gaúcha tirou o posto de São Paulo e é agora a cidade onde a cesta é a mais cara do país: R$ 777,16. São Paulo (R$ 769,95), Florianópolis (R$ 746,66) e Rio de Janeiro (R$ 738,12) aparecem em seguida, com cestas custando mais de 700 reais.
Com base na cesta mais cara, o Dieese calculou em R$ 6.528,93 o salário mínimo necessário para as despesas básicas de uma família de quatro pessoas. Esse valor corresponde a 4,95 vezes o mínimo oficial (R$ 1.320).
O trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu, em média, 54,61% da renda líquida para comprar os produtos alimentícios básicos.