Trabalhador remunerado pelo piso mínimo nacional comprometeu em média 53,09% do rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos em setembro
Em setembro de 2023, o custo da cesta básica apresentou recuo em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em relação a agosto.
Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada ontem (5), as maiores quedas de preços foram constatadas em Brasília (-4,03%), Porto Alegre (-2,48%) e Campo Grande (-2,32%). Do lado das altas, destacam-se Vitória (3,18%), Natal (3,06%) e Florianópolis (0,50%).
No acumulado do ano até setembro, o custo da cesta básica diminuiu em 12 cidades, com recuos mais expressivos em Goiânia (-10,46%), Campo Grande (-9,21%) e Brasília (-9,14%). Já os maiores percentuais de altas ficaram em Natal (2,50%), Aracaju (2,17%) e Recife (0,90%). Veja os resultados completos na tabela a seguir.
Segundo o Dieese, com base na cesta mais cara (Florianópolis), o valor necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas suprir as despesas de alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, ficou em R$ 6.280,93 ou 4,76 vezes o mínimo salarial de R$ 1.320,00.
Em agosto deste ano, o valor necessário foi de R$ 6.389,72 e, em setembro de 2022, o mínimo necessário foi de R$ 6.306,97, ou 5,20 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00.
Já na comparação do custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, o trabalhador remunerado pelo piso mínimo nacional comprometeu em média 53,09% do rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos em setembro.