Gastos com medicamentos e transportes consomem renda dos aposentados
Com avanço de 6,2% em 12 meses, a inflação para a terceira idade medida pelo IPC-3i da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que a carestia avança entre aqueles, em sua maioria, que vivem da aposentadoria.
De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (12), a variação dos preços para os mais idosos foi de 1,54% no primeiro trimestre de 2021 e, em todos os casos, mais alta do que o índice oficial da restante da população.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, ficou em 0,93% em março, acumulando alta de 6,10% em 12 meses, conforme divulgou o IBGE na semana passada.
O IPC-3i (Índice de preços ao Consumidor – Terceira Idade) é composto por uma cesta de produtos e serviços que tem mais peso para quem tem 60 anos ou mais, como saúde e habitação. Segundo a FGV, “além de medir a evolução do custo de vida para indivíduos com mais de 60 anos de idade, o IPC-3i serve de referência para a execução de políticas públicas nas áreas de saúde e previdência”.
As maiores contribuições para a alta registrada no primeiro trimestre do ano vieram do grupo de Transportes (+7,16%), saúde (+1,24%), despesas diversas (+0,88%) e vestuário (+0,63%).
Do último trimestre do ano passado para esse, as despesas com médico e dentista e gasolina também foram destaques importantes que impactaram no custo de vida dos mais velhos, com variação respectiva de +21,84 e +2,05%. Apesar de ter desacelerado na comparação, outra pressão importante na renda dos idosos foram os alimentos, que cresceram neste índice 1,40%, depois de avanço de 5,91% no último trimestre de 2021.