O ex-governador Ciro Gomes (PDT) segue em terceiro com 8% e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) tem 2%
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (28) aponta que o ex-presidente Lula (PT) tem 47% das intenções de voto, o mesmo que no mês de junho, e 18 pontos de vantagem sobre Jair Bolsonaro, que tem 29%.
O ex-governador Ciro Gomes (PDT) vem em terceiro com 8% e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) tem 2%, mantendo o mesmo número registrado em junho.
André Janones (Avante), Pablo Marçal (PROS) e Vera Lúcia (PSTU) empatam com 1%. O restante dos candidatos não pontuou.
Veja quadro comparativo:
A pesquisa mostra que o despejo de dinheiro público feito por Bolsonaro em sua campanha, atropelando a legislação eleitoral, só diminuiu de 19 para 18 pontos sua desvantagem em relação a Lula.
ESPONTÂNEA
Na pesquisa espontânea, quando o entrevistador não mostra o nome dos candidatos, Lula tem 38% contra 26% de Bolsonaro.
Veja:
- Lula: 38%
- Bolsonaro: 26%
- Ciro: 3%
- Não sabe: 27%
- Em branco/nulo/nenhum: 6%
Lula tem grande vantagem entre os eleitores de 16 a 29 anos, com 51% das intenções de voto, enquanto Jair Bolsonaro tem apenas 20%. A pesquisa deste setor foi divulgada na quarta-feira (27).
No caso das pessoas que recebem até dois salários mínimos, a vantagem de Lula diminuiu mas continua expressiva. Lula tem 54% do eleitorado, ao passo que Bolsonaro tem 23% – em junho era 20%.
Entre os homens, o ex-presidente Lula ganhou 4 pontos percentuais e Bolsonaro perdeu a mesma quantidade. A vantagem de Lula é de 48% contra 32% de Bolsonaro.
No eleitorado feminino, Bolsonaro subiu de 21% para 27%, mas continua perdendo de Lula, que conta com 46% das intenções de voto. A vantagem é de 19 pontos. Conforme pesquisa do instituto publicada na quarta-feira, Lula vence Bolsonaro por 58% a 16% entre as mulheres de 12 capitais.
A pesquisa Datafolha ouviu, entre os dias 27 e 28 de julho, 2.566 eleitores espalhados por 183 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
ILEGALIDADE
Para se usar do cargo de presidente e do dinheiro público em favor de seus interesses eleitorais, o que é proibido pela legislação, Jair Bolsonaro pressionou pela aprovação de um “estado de emergência” no Congresso Nacional.
Com isso, ele anunciou o aumento de R$ 400 para R$ 600 do Auxílio Brasil e a criação de um voucher de R$ 1 mil mensal para caminhoneiros autônomos, entre outros pontos.
Esses aumentos e benefícios, no entanto, só vão durar até dezembro, quando acaba o mandato de Bolsonaro.
O ex-presidente Lula afirmou que Bolsonaro “acha que o povo não pensa, que o povo vai acreditar em mentira e não vai. Povo tem que pegar o dinheiro, mas não é isso que resolve o problema”.
Lula avalia que o governo está tentando “comprar o voto” da população.
Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, falou que a manobra de Bolsonaro “é fraude”. “Aberto esse precedente, qualquer presidente daqui para frente pode inventar um estado de emergência às vésperas das eleições e fazer jorrar dinheiro com um único objetivo: ganhar votos”.
“O que estamos assistindo é uma farsa gigantesca. Uma tentativa de manipulação absurda do sofrimento e da pobreza. É uma armadilha política armada pelo governo”, criticou.