Davati nega versão de Amilton e diz que não fez proposta de US$ 11 por vacina

Reverendo Amilton é questionado na CPI. Foto: Jefferson Rudy - Agência Senado

A Davati Medical Supply lançou uma nota à imprensa dizendo que a oferta apresentada pelo reverendo Amilton, presidente da ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), para vender as doses da vacina AstraZeneca por US$ 11 não partiu dela e que o preço oficial era um dólar mais barato.

Em nota, a Davati diz que “jamais enviou proposta ao governo brasileiro no valor de US$ 11, inexistindo documento firmado pela empresa com este valor”.

“O Presidente da Davati Medical Supply nega veementemente esta manifestação do Reverendo Amilton Gomes de Paula nesta terça-feira (03) perante a CPI. Ademais, reitera que a empresa jamais credenciou o sr. Luiz Paulo Domingheti e o Reverendo Amilton de Paula Gomes como representantes de seus produtos”.

No dia 15 de março, o representante Luiz Dominguetti enviou uma oferta para o Ministério da Saúde de US$ 10 por dose.

Nove dias depois, o reverendo Amilton Gomes de Paula “atualizou” esse valor para US$ 11, com a exata diferença que o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, tinha pedido para que fosse distribuída propina entre os envolvidos.

O reverendo Amilton foi confrontado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), durante seu depoimento na CPI, na terça-feira (3), que mostrou os documentos que registram o aumento no preço das vacinas, mas respondeu que não sabia de nada.

Amilton chegou a dizer que não conhecia Roberto Dias, que pediu US$ 1 de propina, e depois, relativizando, falou que não se lembrava se o conhecia.

Em uma mensagem enviada para Luiz Dominguetti, o reverendo Amilton diz: “Boa tarde, Dominguetti, estou na sala do Roberto Dias, com os outros que falaram com ele”.

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