Paulo Guedes anunciou, em inglês, a uma plateia de negociantes americanos, na quinta-feira (16), em Dallas (EUA), que pretende entregar o Banco do Brasil para o Bank of America. Ele chamou a entrega de “fusão”. Citou até como exemplo de “sucesso” a compra da brasileira Embraer pela norte-americana Boeing.
“Vamos procurar fazer uma fusão entre o Banco do Brasil e o Bank of America. São bancos bons para empréstimos agrícolas. Já fizemos uma nova relação entre a Embraer e Boeing. Vamos construir empresas transnacionais. Vamos ultrapassar as nossas fronteiras na procura de melhores oportunidades econômicas”, disse Guedes, segundo tradução feita pela NBR.
A oferta foi feita na cidade de Dallas, no Texas (EUA), durante ato pró Bolsonaro que não pode ser realizado em Nova Iorque porque a administração da cidade e diversos patrocinadores negaram-se a sediar o evento quando souberam quem era o homenageado.
No fim do ano passado, após as eleições, Guedes já tinha ventilado a possibilidade de dar um golpe mortal no Banco do Brasil, fazendo a “fusão” do BB com o mastodonte Bank of América, a segunda maior instituição financeira dos Estados Unidos. (“Fusão” do Banco do Brasil com o Bank of America é “lá no futuro”, esclarece Guedes)
Na época ele já pretendia sabotar o BB indicando o presidente do Bank of América para América Latina, Alexandre Bettamio, para dirigir o Banco do Brasil. Só não deu certo porque Bettamio disse que não queria deixar sua residência nos EUA para morar no Brasil.
Diante da recusa de Bettamio, Guedes havia dito que teve uma boa ideia: “Aí eu disse a ele de maneira informal e quase brincando: ‘Poxa, sabe que você está me dando uma boa ideia? Quem sabe no futuro, algum dia, tem a fusão do Banco do Brasil com o Bank of America? Aí você vai ter de trocar e o Banco do Brasil ainda terá mais ações no Bank of America do que qualquer americano’”.
Guedes sabe muito bem que, com sua “fusão”, nem a sede do Banco do Brasil permanecerá mais em nosso país. Por isso ele teve a ideia de vender o BB para os americanos quando Bettamio recusou-se a morar no Brasil.
A intenção de entregar o domínio quase completo do crédito dentro do país, a começar por todo o crédito rural, para um monopólio financeiro privado externo era tão absurda que muita gente nem acreditou. Muitos disseram que era ‘fake news’ para desgastar o “mito”. Depois foi confirmado que a fonte era o futuro ministro da Economia.
A repercussão foi tão negativa que Guedes tentou desconversar jogando para um futuro distante: “Evidentemente que não se trata de plano de governo. É uma ideia para ser discutida, se for o caso, lá no futuro”, disse ele. Agora ele acha que chegou a hora de golpear a maior instituição financeira pública do Brasil.
Quando Guedes defendeu destruir o Banco do Brasil, o argumento era que o BB financiava a produção agrícola brasileira com juros muito baixos.
“Os bancos públicos são obrigados a ficarem com uma imensa carteira e serem responsáveis por fornecer dinheiro mais barato para alguns setores da economia”, disse. “Por isso”, concluía Guedes, é que falta crédito no Brasil”.
Ou seja, operador do mercado financeiro e fraudador de fundos de pensão, alocado no governo por Bolsonaro quer entregar o BB ao Bank of América (BofA) para acabar com o crédito rural brasileiro. Quer a fusão com o banco americano para aumentar os juros que, segundo ele, estão muito baixos.
Para Guedes, os produtores brasileiros, se quiserem, vão buscar crédito no BofA, a juros de “mercado”.
Como os leitores poderão ver no vídeo abaixo, onde Guedes aparece ofertando até o Palácio do Governo para a venda, ele promete aos “negociantes” que vai fazer a reforma da Previdência. Nessa hora ele recebeu intensos aplausos.
Ele mesmo anuncia que pretende, com a sua mudança na Previdência Social, tirar R$ 1,2 trilhão das aposentadorias dos trabalhadores para entregar esses recursos aos bancos. Não tem como os banqueiros não aplaudirem freneticamente uma proposta dessas.
Mas, mais do que isso, ele ofereceu também todo o Pré-sal brasileiro. E, ao fazer isso, Guedes prometeu que o Brasil voltaria a ser grande novamente como era quando o noticiário do país era feito pela ESSO. “Vai ser bom, para o Brasil a volta da ESSO e do Repórter ESSO”, disse o ministro de Bolsonaro.
Ele também afirmou que a entrega da Petrobrás e do Pré-sal e a “quebra de monopólios ligados aos mercados de petróleo e gás levará à reindustrialização da economia brasileira”. Para o serviçal, só os EUA sabem construir e dirigir indústrias. Na cabeça dessa gente o Brasil e os brasileiros não têm capacidade de produzir nada.
Dizer que entregar nosso parque industrial do setor de petróleo, a nossa tecnologia de exploração de águas profundas, conquistadas de forma pioneira pelos brasileiros há décadas, para as multinacionais americanas é o que levará à “reindustrialização” do Brasil é de uma subserviência sem tamanho.
Quem assistir ao vídeo abaixo não terá dúvidas que o Brasil está sendo dirigido por apátridas e que Guedes e Bolsonaro não passam de reles traidores da Pátria.
S.C.
O PT com os seus ministros ladrões começaram a deixar o país doente, e o Bolsonaro com os seus ministros malandros, vão acabar de matar o país de vez? Vão aproveitar que o país já está na UTI sem ser medicado, acabam de matar vendendo tudo para os americanos, 49% do petróleo já foi, Embraer, Vale, e mais algumas que me esqueci, daqui uns dias vai embora a Amazônia e os brasileiros serão expulsos de seu país pelos americanos que não vão aceitar conviver com pessoas desinteligentes no meio deles, esse é o Guedes do mito do brasileiro.
Se você que é antenada “esqueceu” de mais algumas, imagine o povão que tá vendendo o almoço pra comprar a janta? Essa casta de políticos e politiqueiros fazem desse país o que bem entendem, há séculos.