Vale somente em relação ao sócio do senador na loja de chocolates
A Justiça determinou, na terça-feira (21), a paralisação da investigação contra Alexandre Ferreira Dias Santini, sócio do senador Flávio Bolsonaro na loja de chocolates que foi alvo de busca e apreensão no processo que investiga movimentações financeiras suspeitas no antigo gabinete do primogênito de Bolsonaro, quando ele era deputado estadual.
O desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, considerou que o empresário não teve o direito de defesa adequado.
A investigação é relativa ao esquema de “rachadinha”, que funcionou no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no qual funcionários do então deputado devolviam parte do salário que recebiam. O dinheiro proveniente do expediente ilegal, operado por Fabrício Queiroz, era lavado com aplicação na loja e em imóveis.
O Ministério Público suspeita que Alexandre tenha atuado como laranja na compra do estabelecimento, que é uma franquia de chocolates em um shopping na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade.
O senador detém 50% da sociedade no empreendimento.
A decisão de Nascimento Amado atendeu a um pedido da defesa do empresário e não vale para Flavio Bolsonaro e nem para os demais envolvidos.
A operação de busca e apreensão na loja de Flavio e Alexandre ocorreu em 18 de dezembro. O empresário teve bens apreendidos, junto com outros 26 suspeitos de envolvimento no esquema. Com a paralisação da investigação, o MP-RJ não pode mais fazer análise do material apreendido.
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