Em artigo publicado no jornal Rodong Sinmun em Pyongyang nesta segunda-feira (17) a Coreia Popular assinala que “se impulsiona entre ambas as partes coreanas o diálogo e a cooperação em diversos setores para executar a Declaração de Panmunjom e nesse processo, conseguir bons êxitos que contribuam com a reconciliação, unidade e paz da nação.
“O Norte e o Sul da Coreia precisam unir as forças e inteligência para abrir a nova história da paz, da prosperidade e da reunificação, valorizando todos os êxitos alcançados no processo da execução da histórica Declaração de Panmunjom” diz a nota e prossegue: “Sob grande atenção da nação e de todo o mundo tem se desenvolvido as relações intercoreanas. Este ano tornaram-se reais e interruptas as relações Norte-Sul. Foram momentos dramáticos e jamais previstos por quem quer que seja em que estas relações intercoreanas se corrigiram depois de congeladas por longo tempo obtendo-se os êxitos necessários para a reconciliação, a paz da nação que servem em ponto de início para a reunificação da pátria.”
“Se todas as forças da nação coreana se unirem poderá se superar e resolver com segurança todos os obstáculos que impedem a melhora das relações intercoreanas e a reunificação da pátria. Através da Declaração de Panmunjom o Norte e o Sul afirmaram já o princípio da independência nacional de determinar por sua conta própria o destino nacional. Ninguém tem o direito de questionar que a nação coreana resolva os problemas intercoreanos segundo suas aspirações e demandas. Todos os coreanos do Norte e do Sul e de ultramar, decididos a contribuir para o melhoramento das relações N-S, a paz e a reunificação da pátria devem, como um só homem e acima das diferenças ideológicas, regime, critério político ou ideal, cumprir com a Declaração de Panmunjom e levantar-se pela execução desse documento.
Na Coreia do Sul, o presidente Moon Jae-in confirmou para o dia 18 de setembro, o Encontro de cúpula em Pyongyang com Kim Jong Un. Moon disse em reunião com seus assessores que “será importante realizar um frutífero desenvolvimento das relações intercoreanas mediante a implementação dos acordos estabelecidos pelas duas partes em reuniões anteriores e que para isso é preciso gerar a confiança entre o Norte e o Sul.”
Moon Jae-in anunciou que fará parte de sua comitiva a Ministra das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Kang Kyung Wha. Nesta terça (17) ela telefonou para o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e segundo alguns órgãos da imprensa ocidental ela fará pressões junto ao presidente Moon Jae-in para que ele aborde e pressione Kim Jong Un quanto a desnuclearização da Península. O governo dos EUA quer emplacar a versão que a desnuclearização unilateral tenha sido aprovada durante as conversas de Kim Jong Un e Donald Trump. Mas a coisa não é bem assim.
Para que se avance na desnuclearização da península é preciso que também os EUA façam alguma coisa. Nada pode ser unilateral. A RPDC exige que seja assinado um tratado de paz que ponha fim definitivamente à inconclusa Guerra da Coreia (1950-1953) para substituir o armistício que nada mais é que uma trégua na guerra.
Sobre isso Trump não abre a boca. E manipula ainda com sanções econômicas contra a RPDC que prometeu rever, e em vez disso, pressiona a Rússia por não aplicar sanções contra a Coreia socialista. Como sempre os EUA usam dois pesos e duas medidas segundo seus interesses hegemônicos e belicistas.
ROSANITA CAMPOS