Decreto acaba com 13,7 mil cargos em universidades

A medida atinge servidores públicos que ganham uma função extra, como um posto de coordenação, chefia de departamento ou direção

Atingidas em cheio por insuficiência de verbas nos últimos anos, as universidades federais sofreram mais um duro golpe.

Desta vez, com a eliminação de 13.710 vagas, através de decreto assinado por Bolsonaro que extinguiu cargos, funções e gratificações, totalizando a eliminação de 21.000 cargos na administração pública.

A extinção de vagas nas universidades públicas corresponde a 65% do total do corte no serviço público, divulgado no dia 13.

O decreto determina a extinção imediata de 2.449 postos em instituições de ensino que hoje não estão sendo ocupados, mas que poderiam ser preenchidos a qualquer instante.

Outras 11.261 funções deixarão de existir em 31 de julho e seus ocupantes serão exonerados ou dispensados. A medida atinge servidores públicos que ganham uma função extra, como um posto de coordenação, chefia de departamento ou direção.

A vice-presidente da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), Luciene Fernandes, disse que a medida vai gerar revolta nas universidades.

“Em qualquer país que preza pelo desenvolvimento, a Educação deveria ter prioridade. Começar a gestão com um decreto que enxuga as universidades é bastante temerário”, afirmou.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), foram eliminadas todas as funções gratificadas das recém-criadas universidades federais de Catalão (GO), Jataí (GO), Rondonópolis (MT), Delta do Parnaíba (PI) e Agreste de Pernambuco (PE).

Para o presidente do Andes, Antonio Gonçalves, o governo diz que está combatendo privilégios, mas, na realidade, promove um desmonte do Estado.

“Isso explicita a política educacional do governo, que é de ataque às instituições de ensino superior. Estão colocando esse plano em curso”, disse.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *