Defesa da “nossa soberania” obrigou Trump a retirar tarifas, diz Lula

Presidente durante entrevista na COP30 (Foto: Ricardo Stuckert-PR)

Eduardo Bolsonaro chegou a agradecer Trump pelo tarifaço. Presidente lembrou o tratamento altivo da questão pelo governo brasileiro, ao contrário da atuação de traição à pátria dos bolsonaristas. “Ninguém respeita quem não se respeita”, disse Lula

O presidente Lula disse que está “feliz” com o recuo do governo dos Estados Unidos ao retirar as tarifas de 40% contra carne, frutas, café e outros produtos brasileiros.

“Esse foi um passo na direção certa, mas precisamos avançar ainda mais. Seguiremos nesse diálogo com o presidente Trump tendo como norte nossa soberania e o interesse dos trabalhadores, da agricultura e da indústria brasileira”, afirmou Lula.

Donald Trump, presidente dos EUA, disse em comunicado que tomou a decisão após uma ligação com Lula na qual abordaram o tema dos impostos que os EUA colocou sobre os produtos brasileiros de forma unilateral.

Lula comentou que está “feliz porque o presidente Trump começou a reduzir as taxações. E essas coisas vão acontecer na medida em que a gente consiga galgar respeito das pessoas, ninguém respeita quem não se respeita”.

A referência é em relação à turma de Bolsonaro, que defendeu as tarifas de Trump contra os trabalhadores, os empresários e o agro brasileiros.  

Eduardo Bolsonaro chegou a agradecer após Trump decretar o tarifaço antiBrasl: “Obrigado, Sr Presidente Donald J Trump”, escreveu numa rede social.

E ainda pediu seus seguidores que colocassem seus agradecimentos a Trump numa carta.

Postagem do filho “03” agradecendo a Trump pelo tarifaço contra o Brasil (Foto: Reprodução – Via CNN Brasil)

Lula lembrou a atuação das equipes de negociação brasileiras. “O diálogo franco que mantive com o presidente Trump e a atuação de nossas equipes de negociação, formada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad e Mauro Vieira pelo lado brasileiro, possibilitaram avanços importantes”, continuou o presidente brasileiro.

“Quando o presidente dos EUA tomou a decisão de fazer a supertaxação, todo mundo entrou em crise e ficou nervoso. E eu não costumo tomar decisão com 39 graus de febre. Eu espero a febre baixar. Se você tomar decisão com febre, você vai cometer um erro”, acrescentou.

A taxação foi parte de um esforço do governo dos EUA de interferir no Judiciário brasileiro e tentar impedir a condenação de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe. A medida foi comemorada por bolsonaristas.

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