Armas devem ser entregues à Diretoria de Polícia Administrativa da PF em Brasília, até esta sexta-feira (24). Exército já emitiu a permissão necessária para transportá-las
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou as joias da marca Chopard, avaliadas em R$ 500 mil, “presenteadas” por autoridades sauditas à comitiva presidencial, que ele se apossou ilegalmente.
A entrega das joias ocorreu na CEF (Caixa Econômica Federal) de Brasília e foi feita pelo advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno.
O TCU (Tribunal de Contas da União) determinou que apenas presentes de pequeno valor, perecíveis e de caráter personalíssimo, como camisetas e bonés, podem ser mantidos no acervo privado do presidente da República, o que obrigou a entrega das joias.
Se dependesse apenas de Bolsonaro, pelo padrão adotado por ele, as joias não teriam sido entregues. Aparentemente, Bolsonaro não se preocupa com o desgaste da imagem dele, pois seus apoiadores fanatizados, sobretudo os mais radicalizados, o apoiam independentemente de qualquer atitude que tome.
JOIAS TRAZIDAS AO PAÍS DE FORMA ILEGAL
As joias que Bolsonaro possui foram trazidas para o Brasil por equipe do Ministério de Minas e Energia, chefiada pelo então ministro da pasta Bento Albuquerque, que representou o governo brasileiro em evento na Arábia Saudita em outubro de 2021.
No entanto, essas joias não foram declaradas à Receita Federal e, portanto, entraram no país de forma ilegal.
Esse estojo de joias devolvido escapou da fiscalização da Receita no aeroporto de Guarulhos. Já o outro, com joias avaliadas em R$ 16,5 milhões, foi apreendido. Esse pacote de joias estava escondido no fundo da mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
FUZIL E PISTOLA
Além disso, Bolsonaro recebeu fuzil e pistola durante viagem aos Emirados Árabes Unidos em 2019, que ele também terá que devolver. Diferentemente das joias, as armas foram comunicadas à Receita e ao Exército para registro.
As armas devem ser entregues à Diretoria de Polícia Administrativa da Polícia Federal em Brasília até esta sexta-feira (24). O Exército já emitiu a permissão necessária para transportá-las até lá.
O ex-presidente manifestou interesse em ficar com armas de fogo. “Confesso, com dor no coração, que vou entregar as armas. Está no meu nome. Eu pagaria do meu bolso aqui por aquelas duas armas. Mas não vamos criar qualquer problema”.
O TCU ordenou que as joias sejam entregues ao patrimônio do Estado e mantidas pela Caixa.
MORAL DA HISTÓRIA
Depois da imensa repercussão negativa desse rumoroso caso é que o ex-presidente fez o que deveria ter feito desde o início.
Bolsonaro é figura empedernida. Como os seguidores dele não se preocupam com esses desvios ético-morais e, portanto, não o cobram por isso, ele não está nem aí para a repercussão que corroeu sua imagem nesses últimos dois meses.
Bolsonaro, figura pequena no plano ético-moral, ficou menor ainda depois dessa tentativa de gatunar as joias, que por lei são do Estado brasileiro (Presidência da República).
M. V.
Bolsonaro você devolveu o que não lhe pertencia no entanto, você havia dito que não tinha recebido portanto, mentiu mais uma vez e além disse por oito vezes tentou recuperar as outras joias no valor de 16,5 milhões que também não lhe pertence está desmoralizado para sempre isto não é presente isto é……