A defesa antiaérea síria respondeu a nova agressão israelense, no dia 10, e derrubou um caça F-16 do agressor.
Em mais um ataque à Síria, desta vez tendo como alvo bases militares nas área central e sul do país, Israel disparou mísseis ao amanhecer do sábado e foi repelido.
O ataque se deu poucas horas depois do Comando Geral do Exército Sírio anunciar novas vitórias contra os terroristas do Daesh, limpando posições remanescentes desde o vilarejo Khanaser, ao sul de Alepo, até posições da organização a oeste de Sinjar, no Estado nortenho de Idleb.
A mídia israelense confirmou a queda do caça e de que seus pilotos ejetaram e, apesar de feridos, um deles gravemente, sobreviveram.
O avião derrubado voava sobre o planalto do Golã (território sírio ocupado por Israel desde a guerra de 1967), depois de haver bombardeado posições sírias, quando foi abatido. Analistas israelenses, a exemplo do editorial publicado pelo jornal Yedioth Ahronot, revelam apreensão uma vez que a queda do caça mosta uma capacidade militar (conferida aos sírios pelos mísseis SAM – 5 usados para responder ao ataque israelense), o que, segundo o editorial, “obriga Israel a usar novas táticas militares, a exemplo de voos mais baixos ao retornarem de missões na Síria”.
Uma conclusão rasteira, para se dizer o mínimo, como se existissem “táticas” que pudessem capacitar ou garantir ao regime israelense exercer eternamente a sua agressão ao povo palestino e a qualquer regime soberano e popular que se destaque na região para prestar serviços à sanha de dominação dos Estados Unidos. Aliás, a cegueira da direita israelense a impede de perceber que ao manter esta agressão a toda a região onde instalaram seu nefasto protetorado dos EUA, criam situações que caminham por se tornarem insustentáveis. Cavam com seus pés a sepultura de seu nauseabundo, discricionário e, cada vez mais isolado, regime.
O pretexto israelense para o ataque a bases militares da Síria é de que um drone iraniano teria cruzado o espaço aéreo israelense. Como sempre usaram a tática aprendida com os nazistas da retaliação exponencialmente desproporcional, atacando bases militares sírias. Só que, desta vez acabaram expondo uma fragilidade antes insuspeita. Em suam, tosquiados, como diz o ditado.
Em Israel houve um princípio de pânico e as sirenes advertindo de ataque aéreo voltaram a tocar na Galiléia e no norte de Israel e todas as estradas conduzindo ao norte foram temporariamente fechadas.
O exército israelense admitiu a perda depois que a mídia de lá divulgou fotos com o ferro retorcido que restou do caça que caiu próximo ao kibutz Harduff, a pouco mais de 20 Km da mais importante cidade do norte de Israel, Haifa.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia denunciou que os ataques israelenses contra a Síria podem desestabilizar os esforços pela paz na região e “tornar a situação atual ainda mais complicada” e pediu a Israel que “respeite a soberania Síria e de outras nações na região”.
NATHANIEL BRAIA