O deputado federal Delegado Waldir (PR/GO) voltou a acusar Temer de compra de votos, por meio de emendas parlamentares, distribuição de cargos e outros artifícios, para que a segunda denúncia apresentada pela PGR contra o presidente seja arquivada.
Segundo o parlamentar, o Ministério da Saúde dispõe de cinco mil ambulâncias, que serão distribuídas a deputados que votaram com o governo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e também na votação que vai ocorrer no plenário.
“Tem que votar agora com o governo. Se não votar, dançou. Vai ser mais uma ferramenta de compra. São milhares de ambulâncias, que vão ser mais uma moeda de troca. O parlamentar vai trocar o seu voto por ambulância”, denunciou.
Delegado Waldir também rebateu os argumentos de Temer, que em carta aos deputados disse estar sendo “vítima” de uma “conspiração”. “Que conspiração é essa?”, questionou. “Conspiração aconteceu nessa comissão ao me afastarem, ao afastarem vários parlamentares dignos. Isso é uma conspiração. Conspiração é comprar partidos. É trocar parlamentares. Isso é conspiração”, acrescentou.
Na avaliação da primeira denúncia, o deputado goiano foi retirado pelo seu partido da lista de titulares da CCJ, porque votaria contra o Planalto.
Para o deputado Subtenente Gonzaga (PDT/MG), existe hoje uma organização criminosa implantada no governo, “que a chamo de PCP (Primeiro Comando do Planalto)”. “Essa organização é mais perniciosa ao povo brasileiro do que o PCC, pois colocam na administração pública ministros e dirigente que podem desviar bilhões e bilhões do dinheiro público”, afirmou.