Segundo a assessoria da parlamentar, as ameaças e incitação ao homicídio foram feitas na plataforma X, quando ela se manifestou favorável à fiscalização do PIX. Em contraposição ao vídeo de Nikolas
A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) apresentou, neste domingo (19), à PF (Polícia Federal) pedido de investigação para identificar responsáveis por ameaças de morte recebidas por ela em rede social.
As mensagens surgiram após a publicação de vídeo, em que a parlamentar defende a fiscalização do PIX, medida da Receita Federal, que foi posteriormente revogada pelo governo.
Agora, o governo apresentou a medida ao Congresso Nacional, por meio de medida provisória. Mas ainda estuda a possibilidade de tratar sobre o assunto, também, no Legislativo por meio de projeto de lei, com o recurso para que seja examinado sob regime de urgência constitucional.
Por esse regime de tramitação no Congresso, o PL tem prazo para ser votado no plenário, onde a matéria estiver em discussão — nCâmara ou no Senado — caso contrário trava a pauta de votações, que só é liberada depois de votado o projeto.
AMEAÇAS PELO X
Segundo a assessoria da deputada, as ameaças e incitação ao homicídio foram feitas na plataforma X, com aumento significativo na madrugada de domingo.
Entre as mensagens, havia a citação de contratação de “pistoleiros” para perseguir a parlamentar.
O conteúdo compartilhado pela deputada Erika Hilton usava formatos visuais e sonoros semelhantes aos de vídeo divulgado pelo deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), que criticava a mesma medida, mas com mentiras.
A publicação da deputada federal pelo PSol de São Paulo, em resposta ao vídeo do bolsonarista, acumulou mais de 80 milhões de visualizações em menos de 12 horas, e destaca a polarização do debate sobre o tema nas redes digitais.
MANIPULAÇÃO DO ALGORITMO
No vídeo, Nikolas argumenta que a fiscalização do PIX impactaria, especialmente, pessoas em situação de vulnerabilidade.
A postagem dele, divulgada antes da decisão de o governo revogar a instrução normativa da Receita Federal, alcançou cerca de 300 milhões de visualizações.
Esse número exorbitante pode denunciar manipulação do algoritmo — conjunto de instruções, regras e etapas que software precisa percorrer para chegar a determinado resultado.
O conceito, que tem origem na matemática, está presente no dia a dia, com o advento da tecnologia, sendo também importante para programadores que podem utilizar esse mecanismo para dividir problemas em passos e realizar tarefas específicas.
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