O filho da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) foi matriculado em Colégio Militar de Brasília sem que fosse aprovado pelo processo seletivo.
Segundo Zambelli, que admitiu ter pedido a vaga, seu filho de 11 anos vinha sendo ameaçado desde 2016 por grupos ligados aos massacres em escolas em Realengo, em 2011, e Suzano, em 2019.
Somente um colégio militar seria capaz de garantir a segurança da criança, alegou a deputada.
Para que o filho da deputada fosse aceito no colégio, foi acionado um artigo do Regulamento dos Colégios Militares que prevê, de forma genérica, o ingresso de estudantes em “situação especial”.
O responsável pelo Colégio é o único a decidir pelo ingresso ou não do novo estudante. Para sua decisão, leva em conta o parecer do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx).
Porém, antes mesmo de oficializado o despacho que permitiu o ingresso da criança no Colégio Militar, o filho da deputada já frequentava as aulas.
Para as 25 vagas de 6º ano de ensino fundamental, onde o filho da deputada entrou, foram inscritas 1.212 crianças. Um total de 48,48 candidatos por vaga. As que não conseguiram entrar não tiveram a mesma “sorte” de ter a mãe deputada pelo PSL de Bolsonaro.
O ingresso da criança foi informado no Boletim de Acesso Restrito do Exército no último dia 30.