Durante uma sessão da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados na tarde de quarta-feira (27), a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) pressionou o ministro da Educação, Ricardo Vélez, sobre as propostas do Ministério da Educação (MEC). “Cadê os projetos?”, questionou Tabata a Vélez, que participava da sessão justamente para apresentar e discutir propostas.
Em um vídeo publicado pela própria deputada no Twitter, ela questiona persistentemente o ministro a respeito de projetos e metas para a educação no Brasil, mas que não obteve resposta.
“Em um trimestre, não é possível que o senhor apresente um powerpoint com dois, três desejos para cada área da educação. Cadê os projetos? Cadê as metas? Quem são os responsáveis? Isso daqui não é planejamento estratégico, isso e uma lista de desejos. Eu quero saber onde que eu encontro esses projetos? Quando cada um começa a ser implementado? Quando serão entregues? Quais são os resultados esperados? São três meses, a gente consegue fazer mais do que isso”, questionou a deputada.
“Tem uma coisa que eu aprendi nos últimos anos, como cientista política e como ativista da Educação, é que o maior desafio que a gente tem não é ficar fazendo lista de desejos. É implementar, de fato, e a gente não implementa sem um corpo preparado, sem pessoas que têm experiência”.
A conclusão da deputada não foi mais amena: “Eu não espero mais nenhuma resposta, já entendi que isso não vai acontecer. A mim, me resta lamentar o que está acontecendo, continuar o meu trabalho de educação, que não começa com este mandato, e esperar que o senhor mude de atitude – o que parece completamente improvável – ou saia do cargo de ministro da Educação”.
“Saio da reunião extremamente decepcionada com sua incapacidade de apresentar uma proposta, de saber dados básicos e fundamentais. É um desrespeito, não só à Educação, não só ao ministério, não só ao Parlamento, mas ao Brasil como um todo”, disse Tabata.
Visivelmente irritado, Veléz respondeu também em tom de embate. “Se a senhora não espera nenhuma resposta, para que faz perguntas?”. O ministro, no entanto, disse em seguida que precisava ir embora, pelo adiantado da hora e finalizou garantindo que permanece no cargo.
“A única coisa que posso dizer é que fico. Só me demito se o senhor presidente da República me pedir. Se ele, que é o chefe do Estado, achar que minha colaboração não está sendo adequada.”
Confira o vídeo na íntegra: