Na última terça-feira (29), durante o leilão pela privatização de escolas públicas, o deputado estadual Lucas Bove (PL), acusado de violência doméstica pela ex-esposa, discutiu com Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários de SP, afirmando que pretende privatizar o estado inteiro.
O leilão definiu a empresa que vai operar a parceria público-privada com o governo paulista para a construção e manutenção de novas escolas públicas no estado de São Paulo e enfrentou protestos do lado de fora.
Durante a discussão, Lucas Bove disse que ela iria “perder o emprego” após a venda do Metrô em São Paulo.
“Vamos privatizar o metrô também. Você vai perder o emprego, quer apostar? Vai perder o emprego mesmo, eu vou privatizar o metrô todo”, disse Bove.
Camila Lisboa retrucou, afirmando que “não iria apostar nada”, pois não faz “aposta com agressor de mulher. Você vai ser preso porque você bate em mulher”.
Lucas mais uma vez responde e diz que Camila “vai perder a boquinha. Vai trabalhar, presidente do sindicato.”
A discussão começou quando a sindicalista se aproximou do deputado, filmando ele. Durante a gravação, Camila chama Lucas de “agressor e privatista.”
O deputado entra na B3 e, também grava um vídeo, que publicou em suas redes sociais. Nele o deputado diz que vai “privatizar o estado inteiro.”
“Já enfrentamos manifestante aqui na porta, meia dúzia de gato pingado, porque nós vamos privatizar o estado de São Paulo inteiro. Vamos privatizar escola, vamos privatizar o Metrô para ‘pelegada’ perder emprego. Vamos privatizar a Fundação Casa, vamos privatizar tudo no estado de São Paulo. Absolutamente tudo”, afirmou.
Lucas era um parlamentar convidado como representante da Alesp e, não tem nenhum cargo no governo de São Paulo que possa determinar ou não que alguma empresa pública seja privatizada.