
Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitou suspender recesso para fazer as reuniões de bolsonaristas
Deputados do PL, partido de Bolsonaro, convocaram reuniões em Comissões da Câmara dos Deputados durante o recesso parlamentar para tentar aprovar moções de apoio ao ex-presidente e contrárias à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que Jair Bolsonaro deve utilizar tornozeleira eletrônica.
A ação bolsonarista contraria o presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que rejeitou o pedido de suspender o recesso para a realização das reuniões.
Uma vez que Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não aderiram à linha bolsonarista de ataques ao STF e não deram sinais de que vão acabar com o recesso para colocar o Congresso na defesa do ex-presidente Bolsonaro, os dois passaram a ser atacados nas redes sociais.
Os deputados Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da Comissão de Segurança Pública, e Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, convocaram as reuniões para terça-feira (22).
Na pauta da reunião da Comissão de Segurança Pública está prevista uma moção de solidariedade ao ex-presidente. O texto diz que Jair Bolsonaro sofre “perseguição política” e que o Supremo age com parcialidade no processo em que ele é réu.
As moções foram apresentadas logo após o STF determinar o uso de tornozeleira eletrônica a Bolsonaro por coação, obstrução e atentado à soberania nacional. Eduardo Bolsonaro está sendo investigado.
Bolsonaro articulou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a imposição de taxas de 50% sobre todos os produtos brasileiros e condicionou a remoção à sua própria anistia.
A moção que tramita na Comissão de Segurança Pública é assinada por 15 deputados do PL e 12 de outros partidos.
Na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional foram apresentadas duas moções. A primeira, de autoria de Evair Vieira de Melo (PP-ES), é de apoio a Jair Bolsonaro e repúdio às ações do STF.
O texto, entre outros pontos, questiona a proibição de que Jair se comunique com Eduardo Bolsonaro, seu filho. Não menciona, porém, que Jair Bolsonaro enviou pelo menos R$ 2 milhões para que Eduardo se mantenha nos Estados Unidos, onde está trabalhando para promover agressões ao Brasil. Eduardo também é investigado.
Já a segunda moção, apresentada por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), é de louvor a Jair Bolsonaro por supostas boas ações enquanto esteve na Presidência, inclusive na pandemia de Covid-19, quando mais de 700 mil brasileiros morreram. O autor fala que os feitos foram “faraônicos” e “sentidos por todos os brasileiros”.
Sóstenes Cavalcante também pediu ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que o recesso seja suspenso para que a Câmara discuta leis que limitam a atuação do STF, que acabam com o foro privilegiado (sendo essa medida uma forma de tirar o processo de Bolsonaro do Supremo) e que anistiam os golpistas, além da instalação de uma CPI para investigar ministros da Corte.
Políticos com tendência neofacista. Vendo o estilo Trump dá uma impressão de que a direita extrema não olha para o bem do seu país e para o bem do resto do mundo. Veja, por exemplo, que o governo dos EUA tomou atitudes para arruinar a vida interna do seu país a vida externa do seu países, visto quão prejudicados estão diversos seguimentos pelo mundo afora.