Aziz faz defesa da vacina na CPI diante da médica defensora da cloroquina

Senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Pandemia. Foto: Edilson Rodrigues - Agência Senado
“O brasileiro precisa de duas [doses] de vacina. A vacina salva”, continuou e esclareceu o presidente da CPI ao divergir da médica, na fala dela à CPI da Covid-19 no Senado Federal nesta terça-feira (1º)

Ao exibir vídeo na CPI da Pandemia no Senado, nesta terça-feira (1º), o relator Renan Calheiros (MDB-AL) mostrou que a médica oncologista Nise Yamaguchi disse que não era necessário vacinar “aleatoriamente”.

Diante disso, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM) disse para a população não acreditar nela, na médica, e que todos os brasileiros precisam se vacinar.

A fala da médica Nise Yamaguchi sobre vacinas gerou tumulto na sessão da CPI da Covid nesta terça-feira.

Confrontada com o vídeo, Yamaguchi disse que não discordava da fala dela no vídeo. O presidente da CPI, Omar Aziz, interveio:

“A doutora Nise, com essa voz calma, tranquila, é convincente. Peço que desconsiderem o que ela está dizendo em relação à vacina”, disse Aziz. “O brasileiro precisa de duas [doses] de vacina. A vacina salva”, continuou e esclareceu o presidente da CPI.

O presidente da CPI afirmou também que propunha à CPI suspender a sessão e voltar chamar a médica para prestar depoimento como convocada. A médica compareceu à CPI como convidada, por meio de requerimentos aprovados pela comissão formulados pelos senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Marcos Rogério (DEM-RO).

Diferentemente das pessoas já ouvidas, Nise Yamaguchi foi convidada, não convocada. Assim, não seria obrigada a comparecer à CPI nem a falar a verdade. Condição que cabe às testemunhas e investigados. No entanto, a médica prestou o compromisso de dizer a verdade no início da sessão.

Superada a confusão, o depoimento da médica continuou.

O calendário de junho da CPI prevê depoimentos de médicos, pesquisadores, ex-assessores do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, governadores e um empresário. O cronograma foi divulgado à imprensa na última quinta-feira (27), mas pode haver alterações.

DEPOIMENTOS DE JUNHO

  • Quarta-feira (2): Clovis da Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia; Zeliete Zambom, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade; Francisco Alves, infectologista do Hospital Emílio Ribas (SP); Paulo Porto Melo, médico neurocirurgião;
  • Terça-feira (8): Nísia Trindade Lima, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);
  • Quarta-feira (9): Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde;
  • Quinta-feira (10): Markinhos Show, ex-assessor do Ministério da Saúde;
  • Sexta-feira (11): Cláudio Maierovitch, médico sanitarista, e Nathália Pasternak, microbiolgoista e pesquisadora da USP;
  • Terça-feira (15): Marcellus Campêlo, secretário de Saúde do Amazonas;
  • Quarta-feira (16): Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro;
  • Quinta-feira (17): Carlos Wizard, empresário;
  • Terça-feira (22): Filipe Martins, assessor da Presidência da República;
  • Quarta-feira (23): Representante do Instituto Gamaleya (desenvolvedor da vacina russa Sputnik V);
  • Quinta-feira (24): Jurema Werneck, representante do Movimento Alerta;
  • Terça-feira (29): Wilson Lima, governador do Amazonas; e
  • Quarta-feira (30): Helder Barbalho, governador do Pará.

Segundo a agenda, no dia 1º de julho, deverá comparecer o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).

M. V.

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