O desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Carlos Moreira Alves, revogou a liminar da Justiça Federal da Bahia que suspendia os cortes R$ 5,8 bilhões no orçamento de universidades e institutos federais promovidos por Bolsonaro e seu ministro da Educação, Abraham Weintraub.
No início de maio, o segundo ministro da educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub, anunciou o corte de R$ 5,8 bilhões no orçamento de universidades e institutos federais. Na época, reitores afirmaram que era impossível manter a excelência no ensino e na pesquisa, tanto nas universidades quanto nos institutos, sem as verbas. Nos dias 15 e 30 do mesmo mês, mais de 2 milhões de estudantes, professores e servidores foram às ruas protestar contra os cortes.
No dia 7 de julho, a Justiça Federal da Bahia, a pedido do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília (DCE-UnB), suspendeu os cortes. De acordo com a juíza Renata Almeida, os cortes de Weintraub não possuem “critérios amparados em estudos”. A juíza citou, ainda, “diversas ações populares e ações civis públicas”.
O desembargador Carlos Moreira Alves, que revogou a liminar de Renata e permitiu com que os cortes voltassem a valer, usou parte da argumentação do ministro da Educação, de que os cortes são “indispensáveis para o alcance da estabilidade econômica do país”.
Faltou apenas repetir o ministro da Educação e dizer que as universidades federais estão cheias de “balbúrdia”.
PEDRO BIANCO