A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de São Paulo aumentou de 16,1%, em março, para 16,7%, em abril.
Segundos dados divulgados nesta quarta-feira (28) pela
Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o total de desempregados na Grande São Paulo foi estimado em 1 milhão e 872 mil de pessoas, 100 mil a mais do que no mês anterior.
A pesquisa apontou que o desemprego aberto passou de 13,5% para 13,9%. São pessoas que procuraram trabalho nos últimos 30 dias e não exerceram nenhum trabalho nos últimos sete dias anteriores à entrevista.
Já o número de pessoas cuja situação de desemprego está oculta pelo trabalho precário (“bico”) ou pessoas que deixaram de procurar trabalho nos últimos 30 dias, e, sim, nos últimos 12 meses anteriores à entrevista, passou de 2,6% para 2,8%.
Segundo o Dieese/Seade, o crescimento do desemprego na grande São Paulo decorreu do aumento insuficiente do nível de ocupação – geração de 105 mil postos de trabalho – para absorver a expansão da População Economicamente Ativa (PEA) – 205 mil pessoas se incorporaram à força de trabalho.
De acordo com a pesquisa, a ocupação cresceu de 9,2 milhões de pessoas, em março, para 9,3 milhões em abril, mas essa expansão ocorreu principalmente entre os assalariados sem carteira (3,6%) e autônomos (9,6%). O emprego com carteira assinada recuou 2,2%.
O Dieese/Seade destaca “que praticamente não se alteraram os rendimentos médios reais dos assalariados com e sem carteira de trabalho assinada e reduziu-se o dos autônomos (-4,9%)”.
De março a abril ainda, a pesquisa constatou que a indústria fechou 40 mil postos de trabalho (-2,8%) e o comércio/reparação de veículos perdeu 9 mil (-0,5%). Por outro lado, houve criação de vaga na construção 25 mil (4,8%) e o setor de serviços 119 mil (2,2%).