São 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego no país, segundo IBGE
A taxa de desemprego apurada pela PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) recuou para 6,1% no trimestre encerrado em novembro de 2024 – atingindo assim a menor taxa de série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desocupação representa, em números, que 6,8 milhões de pessoas estavam buscando emprego no período. Ante o trimestre anterior, a pesquisa registrou que 510 mil pessoas saíram da fila do desemprego; sobre o mesmo período do ano passado, 1,4 milhão saíram dos registros de população desocupada.
Na divulgação da pesquisa, o IBGE destacou a diferença da taxa e contingente de desocupação atual com o período da pandemia – quando o país atingiu recordes de desocupação. Em setembro de 2020, a taxa de desocupação era de 14,9% (a maior da série), com 15,3 milhões de desocupados.
POPULAÇÃO OCUPADA E INFORMALIDADE
O total de pessoas ocupadas entre setembro e novembro foi de 103,9 milhões de trabalhadores, com alta de 25,8% ante 2020. Neste número, estão incluídos trabalhadores informais, que representam 38,7% deste contingente, ou 40,3 milhões de trabalhadores – número que não teve variação significativa na comparação trimestral.
O nível de ocupação, ou seja, a proporção de pessoas com 14 anos ou mais de idade que estavam trabalhando, foi recorde, chegando a 58,8%.
SETORES
Quatro as dez atividades investigados registraram alta da ocupação frente ao trimestre móvel anterior. A Indústria cresceu 2,4% (309 mil pessoas), Construção +3,6% (269 mil pessoas), Administração +1,2% (mais 215 mil pessoas) e Serviços domésticos cresceram +3,0% (174 mil pessoas).
Por outro lado, Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura também recuou nesta comparação (-4,4%, ou menos 358 mil pessoas), enquanto as demais atividades ficaram estáveis.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos foi de R$ 3.285, ficando estável no trimestre, enquanto cresceu 3,4% na comparação anual.
Na comparação trimestral, apenas a atividade de Transporte, armazenagem e correio registrou alta no rendimento médio: 4,7%, ou mais R$ 141. Não houve no rendimento médio dos trabalhadores das demais atividades.