
Mais de 40 mil pessoas assistiram ao desfile do 7 de Setembro, intitulado “Brasil Soberano”. Esta foi a resposta do governo às ameaças dos EUA contra a soberania nacional. “Brasil não voltará a ser colônia”, garantiu Lula
O presidente Lula participou na manhã deste domingo (7) do desfile em comemoração do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Lula chegou por volta das 9 horas ao local e desfilou em carro aberto ao lado da primeira-dama, Janja da Silva.
Mais de 40 mil pessoas assistiram ao desfile. Na plateia, multiplicavam-se bandeiras verde e amarelas, simbolizando a retomada das cores e símbolos nacionais – antes apropriados indevidamente pela extrema direita bolsonarista.

A multidão gritou “sem anistia” e “soberania não se negocia”. O presidente Lula, ao lado da primeira-dama Janja Lula da Silva, percorreu a Esplanada dos Ministérios, em Brasília-DF, no tradicional Rolls-Royce cerimonial neste 7 de Setembro, em uma celebração marcada pela exaltação da independência que está sob ameaça.
Diante dos ataques tarifários dos EUA que atingem a soberania da Justiça brasileira e o governo do presidente Lula, o 7 de Setembro teve como lema centra a defesa da soberania nacional.

O tema oficial do desfile neste ano foi “Brasil Soberano”, numa alusão aos ataques e chantagens que o país vem sofrendo por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O governo dos EUA impôs sobretaxas de 50% aos produtos brasileiros e sanções a autoridades brasileiras com vistas a obter impunidade para os seus apaniguados que intentaram dar um golpe de estado no Brasil em 2022/23.

O ato, carregado de simbolismo na luta em defesa do Brasil, contou com a presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin, de dezenas de ministros do governo, do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta e dos chefes militares das três Forças, Exército, Marinha e Aeronáutica.
O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), também esteve presente. O ministro é do partido União Brasil, que saiu do governo e pressionava o ministro desde a semana passada. O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), também participou da cerimônia. Ele é outro ministro que integra partido que também decidiu deixar a base do governo.

O termo “Brasil Soberano” é o mesmo utilizado nas ações de resposta do país ao tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que determinou um tarifaço contra produtos brasileiros. Durante a solenidade foi distribuído o boné “Brasil Soberano”, entregue pelo governo ao público do evento.

Na véspera, o presidente Lula fez um pronunciamento à nação. Ele enfatizou que o Brasil não vai se dobrar ás ameaças estrangeiras. “Mais de 200 anos se passaram e nós nos tornamos soberanos. Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”, afirmou.
Lula foi duro também com os traidores da pátria da família Bolsonaro. “É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. A História não os perdoará”, apontou o presidente.

No pronunciamento do 7 de Setembro, Lula defendeu que as riquezas nacionais sejam usadas para beneficiar o povo brasileiro.
“Este é o momento da união de todos em defesa do que pertence a todos: a nossa Pátria brasileira e as cores da bandeira do nosso país”, destacou. Lula afirmou que “na época da colonização, nosso ouro, nossas madeiras, nossas pedras preciosas, nada disso pertencia ao povo brasileiro. Toda nossa riqueza ia embora do Brasil para ajudar a enriquecer outros países”.
Assista ao desfile completo
AUTORIDADES PRESENTES
Alexandre Padilha, ministro da Saúde
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia
Marcos Sampaio Olsen, almirante de esquadra, comandante da Marinha
Renato Rodrigues de Aguiar Freire, almirante de esquadra, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas
André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura
André Fufuca, ministro do Esporte
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial
Antônio Fernando Souza Oliveira, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal
Camilo Santana, ministro da Educação
Celso Amorim, embaixador assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República
Celso Sabino, ministro do Turismo
Décio Lima, diretor-presidente do Sebrae
Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais
Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados
Jader Filho, ministro das Cidades
Jorge Messias, advogado-geral da União
José Mucio, ministro da Defesa
Leonardo Cardoso de Magalhães, defensor público-geral federal
Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação
Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos e Cidadania
Marcelo Kanitz Damasceno, tenente brigadeiro do Ar, comandante da Aeronáutica
Márcia Lopes, ministra das Mulheres
Márcio França, ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte
Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República
Marcos Amaro dos Santos, general, ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
Marcos Brasiliano Rosa, presidente da Caixa, substituto
Margareth Menezes, ministra da Cultura
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima
Mauro Vieira, embaixador e ministro de Estado das Relações Exteriores
Paulo Teixeira ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar
Renan Filho, ministro dos Transportes
Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública
Rogério Carvalho, líder do Governo, substituto, no Senado Federal
Rui Costa, ministro da Casa Civil
Sidônio Palmeira, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento
Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas
Tarciana Paula Gomes Medeiros, presidente do Banco do Brasil
Teodoro Silva Santos, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante do Exército
Tomé Monteiro da França, ministro substituto, de Portos e Aeroportos
Vinicius Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da União
Waldez Goés, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Wolney Queiroz, ministro da Previdência Social