Desflorestamento da Amazônia cresceu 33% entre agosto/2019 e julho/2020

Ano passado, os números de desmatamento já foram recordes. Foto: Vinícius Mendonça - Ibama
No período, 9.125 km² da Amazônia foram desmatados, aponta o Inpe

A comparação do período entre agosto de 2019 a julho de 2020 e o do ano anterior mostra que o desmatamento da Amazônia cresceu 33% durante o governo Bolsonaro.

Os dados obtidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), através do Sistema Deter, apontam que foram desmatados 9.125 km² da Amazônia durante os 12 meses. No período anterior, foram 6.844 km².

O dado dos anos anteriores já tinha sido superado em junho.

O número alcançado pelo governo Bolsonaro é o maior dos últimos cinco anos. Entre 2015 e 2016, foram desmatados 5.377 km²; entre 2016 e 2017, foram 4.639 km²; entre 2017 e 2018, foram 4.571.

O estado com maior desmatamento nos últimos 12 meses foi o Pará, com 3.910 km², que é seguido pelo Mato Grosso, com 1.880 km², e Rondônia, com 1.268 km². No Amazonas foram desmatados 1.242 km².

Até junho de 2020 foram 14 meses seguidos de crescimento no desmatamento. Em junho de 2020, foram desmatados 10% a mais do que no mesmo mês do ano anterior.

O número de queimadas na Amazônia no mês de julho foi de 6.803, um crescimento de 28% em relação ao ano passado, segundo o Inpe.

Em 2019, os 5.318 focos de incêndios identificados já significavam um crescimento de 278% em relação a 2018.

Somente no dia 30 de julho deste ano aconteceram 1.007 incêndios na floresta. Segundo o Greenpeace, “esse é o número mais alto registrado desde 2005. Neste mesmo dia, no ano passado, foram 406 focos”.

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