Entre 2015 e 2018, encerraram suas atividades 25.376 unidades industriais, de acordo com um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado pelo Estadão.
Pelo menos 17 indústrias fecharam as portas por dia no Brasil ao longo de quatro anos. Em termos absolutos, o Estado de São Paulo, o maior parque industrial do país, encerrou 7.312 unidades, o equivalente a uma redução de 7%, segundo a pesquisa.
Em 2014, no Brasil havia 384.721 unidades industriais de transformação. Os números refletem a dificuldade da indústria brasileira de repor as perdas durante o período mais intenso da recessão econômica (entre 2014 e 2016).
Nós últimos 3 anos, a economia brasileira ficou bem distante de alcançar os números de antes da recessão, isto porque os governos que se seguiram à Dilma Rousseff mantiveram intocada a política de arrocho fiscal, cortes nos investimentos públicos, desmonte do estado e prioridade na especulação financeira.
A produção industrial brasileira caiu -1,2% em novembro de 2019 em relação a outubro e acumula uma queda de 1,1% nos onze meses do ano passado, segundo os últimos dados divulgados pelo IBGE. Além disso, a maioria de seus ramos e todos os macrossetores industriais também ficaram no vermelho.
O Produto Interno Bruto (PIB), a soma dos bens e serviços produzidos no país, cresceu 1,3% tanto em 2017 como em 2018, e para 2019 a projeção do governo para expansão do PIB é de 1,1%, menor do que nos dois anos anteriores.
Neste ritmo anual de pouco mais de 1%, hoje a indústria de transformação opera 18,4% abaixo do pico alcançado em março de 2011, segundo dados recentes da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física do IBGE. E a previsão do mercado para a produção industrial no ano de 2019 é de menos 0,7%.