Em pronunciamento na Câmara Federal, nesta quarta-feira (29) a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da Minoria na Casa, denunciou que a proposta do governo de desmonte da Previdência Social “vai atingir frontalmente as mulheres e as populações mais pobres”.
A deputada alertou para a gravidade da crise vivida pelo país e afirmou que não há ninguém que acredite que a reforma da Previdência seja uma solução para o Brasil. “Os governistas insistem em dizer que há sustentação para a sua proposta, mas não há. Não há na rua, não há nas pesquisas de opinião. Não há em nenhum lugar, em nenhuma cidade deste país alguém que sustente essa reforma da Previdência que recai sobre a população pobre e atinge frontalmente as mulheres”, salientou.
As mudanças propostas pelo governo, na opinião da parlamentar, “vão atingir exatamente aquelas mulheres que podem morrer nas salas de parto, que sofrem por ficar sem assistência pré-natal, que podem vir a morrer também no pós-parto. Muitas delas, ao perderem suas vidas, vão deixar os filhos órfãos”. “Muitas delas não terão possibilidade real de proteger seus filhos neste país”, prosseguiu.
Jandira chamou a atenção dos deputados. “É importante que este parlamento atente para a crise de cobertura de saúde, atentem para a atenção básica, atentem para os recursos que são inviabilizados por uma Emenda Constitucional chamada ‘Emenda 95’”, disse ela, referindo-se à emenda constitucional que manteve os juros dos bancos intactos e congelou os investimentos sociais por vinte anos.
Se nós não tirarmos da frente essa emenda “não adianta apenas fazer reforma tributária, porque nós não poderemos usar os recursos para o custeio e nem para os investimentos”, apontou a deputada fluminense. Ela lembrou que são exatamente os investimentos proibidos que são capazes de gerar empregos nesse país.
“Com eles são geradas as contribuições previdenciárias, com eles é que se abrem empresas e é com eles que impedimos que elas fechem e que, de fato, se dê sustentabilidade macroeconômica”, completou.
Jandira , você não fala da pensão por morte que tem uma redução de 50% e ainda assim a viúva terá que escolher entre 50% do salário do marido (pensão) ou a sua aposentadoria. Na maior parte das vezes a mulher ganha menos e assim ela que trabalhou em jornada dupla não vai ter aposentadoria no final da vida e essa redução dupla tira 75% da renda justamente numa época da vida que necessita de cuidados. Com 2800 reais não paga nem uma clínica. Mas sabemos que a desvalorização é enorme e nem isso terá aos 85 anos.